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Tirando a Monotonia da Monogamia

Tirando a Monotonia da Monogamia

Os Sábios do Talmud declaram:
Por que a Torá desejou que uma esposa ficasse separada do marido por sete dias?
Para torná-la tão desejável a ele como no dia de seu casamento.
(Talmud Niddah, 31b)
O que é tão sagrado quanto Yom Kipur, mais espiritual que a meditação e a melhor coisa que você pode fazer pela sua vida amorosa?
Você não vai acreditar, mas a resposta é o micvê – o preceito judaico que orienta o relacionamento íntimo entre marido e mulher. A construção de um micvê precede a construção de uma sinagoga.
Existe amor depois do casamento? É possível conservar a paixão e o entusiasmo num relacionamento com um parceiro por mais que alguns poucos anos? Como os judeus adquiriram uma reputação para famílias seguras e calorosas e que durante gerações desfrutam uma harmonia desejável?
Um dos maiores desafios do casamento moderno é o tédio da rotina. Não importa o quanto a lua-de-mel foi fantástica e inesquecível, cedo ou tarde o tédio tende a se instalar. Por fim, inevitavelmente, começamos a não dar valor ao outro. Então sentimos a insatisfação tomar conta e não demora muito estamos a caminho do divórcio. Para aqueles que resolvem permanecer juntos, suportando-se mutuamente, transformam suas vidas em “desespero silencioso".
Os judeus promoviam um plano Divino de controle de qualidade no casamento, que toma medidas ativas que impedem o tédio de destruir um bom casamento.
Em poucas palavras, o método do micvê, ou Pureza Familiar, funciona assim: na época do mês em que a mulher tem seu período menstrual, ela não tem qualquer forma de intimidade física com o marido. Na conclusão do seu período, de no mínimo cinco dias, podendo se estender até não ter mais vestígio de sangue , ela conta sete dias ‘limpos’ ou ‘brancos’ nos quais faz um exame interno e então se prepara para ir ao micvê para realizar a imersão, a santificação espiritual. O micvê a primeira vista é uma piscina limpa, com água aquecida, num ambiente agradável e privado, mas é construído segundo rigorosos padrões haláchicos, Lei Judaica. Após esta imersão, ela e o marido retomam seu relacionamento íntimo.
Os Sábios do Talmud declaram a esse respeito: Por que a Torá desejou que uma esposa ficasse separada do marido por sete dias? Para torná-la tão desejável a ele como no dia de seu casamento. (Talmud Niddah, 31b)
Os terapeutas muitas vezes aconselham casais a "estabelecerem um tempo para o romance". Porém a nossa geração vive uma vida frenética. Com frequência os dois parceiros têm carreiras exigentes, profissões e diversos compromissos.
A pesquisa científica confirma que o amor é um ingrediente vital no desejo. Para os seres humanos, a intimidade deve ter qualidade. Se a intimidade não é o clímax de um vínculo emocional poderoso, acaba por gerar insatisfação, sentimento de vazio, carência e frustração em não ver atendidas as expectativas.
O micvê dá um tempo necessário ao casal. Durante no mínimo doze dias eles nnao tem qualquer relação mais íntima, e para se expressarem e se sentirem próximos usam a linguagem verbal temporariamente no lugar da corporal. Há uma semana inteira de aviso antecipado sobre quando a intimidade será retomada. A noite do micvê, assim, torna-se aquela hora pré-estabelecida para o romance, quando todos os outros compromissos são adiados ou remarcados. Marido e mulher estão contando os dias, esperando o momento de seu reencontro quando as libidos estão sintonizadas e as paixões renovadas.
Há vários depoimentos de mulheres que mergulharam no micvê pela primeira vez antes de seu casamento, ou após anos quando retornaram à imersão mensal para conceberem filhos saudáveis. As mulheres, de diferentes maneiras, expressam o que sentem ao realizar esse preceito Divino:
"Não sou religiosa, mas espero ansiosa minha ida mensal ao micvê para ter uma experiência tocante. Restauro minha espiritualidade e o desejo mais genuíno de estar com meu marido. Sara, Rivca, Rachel, Leah,– todas essas mulheres no decorrer da nossa história fizeram exatamente o que eu acabara de fazer… Eu criara uma conexão com todas elas atravessando milhares de anos. De repente percebi que recitamos a mesma bênção no micvê e criamos uma ponte permitindo. que D’us seja nosso sócio e transborde nossas vidas com Sua fonte especial de bênçãos, fortalecendo nosso amor e nos concedendo filhos saudáveis. Para mim e meu marido o micvê fortalece nossa relação e nosso intenso desejo um pelo outro.”

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