I -  INTRODUÇÃO
A origem do “NOVO TESTAMENTO”
                    
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Judaísmo Messiânico não existe!
A origem do “NOVO TESTAMENTO”
1.1         O chamado  “Novo   Testamento” é    formando   de  26  livros, dos    quais    quatro   são Supostos relatos – Os “Evangelhos” –  sobre a vida e ensinos de Jesus Nazareno, 21 cartas, cuja 1.6        Dois marcos históricos principais estão  associados com formato do “Novo Testamento” atualmente conhecido. O primeiro  marco foi o Concílio de Nicéia (iniciado em 325 EC), convocado pelo Imperador  Constantino que presidiu na sua abertura mesmo sendo um “pagão”, pois jamais  Constatino se convertera ao cristianismo, conforme relativo fantasioso da igreja  de Roma. Ele exerceu o cargo de sacerdote do deus-Sol até que, no seu leito de  morte, em 337 EC, o bispo de Roma procedeu ao ritual de conversão, quando ele  nem mais podia manifestar-se sobre se essa era sua vontade. No Concílio de  Nicéia, foi aprovado, além da autoridade política dos bispos, o cânon do “Novo  Testamento”, quando foram rejeitadas centenas de escritos tidos como sagrados  por muitos cristãos fora de Roma, compostos de relatos evangélicos e cartas dos  apóstolos e primitivos discípulos, hoje rejeitados. Também naquela ocasião, por  meio de voto, foi aprovada a “divindade de Jesus”, que, a partir de então,  passou a ocupar, oficialmente, o papel de Segunda pessoa da trindade, abrindo-se  daí a oportunidade ao estabelecimento da mariolatria, pois Maria, genitora de  Jesus Nazareno, logo seria alçada ao papel de “mãe de D-us” (em grego:  “theotokos”), já que, obviamente, Jesus sendo deus, segundo essa doutrina, sua  genitora seria a “mãe de D-us”, como hoje é adorada pelos cristãos católicos e  ortodoxos gregos e russos.
1.7        Pela  importância do papel do imperador Constantino na formação da nova região, que,  na verdade, é uma fé essavita (oriundade Essav, ou Esaú, pai dos romanos e  italianos), cujo fim último é perseguir a Israel, poderia o cristianismo ser  denominado de constantinismo. Afinal, graças ao imperador romano foi possível  elencar, durante o Concílio de Nicéia, as doutrinas principais da novareligião,  nascida em Roma, de onde se espalharia pelo mundo, deixando em seus caminhos  históricos as marcas de conversões forçadas, de derramamento de sangue e  assassinatos, de escravização de povos e destruição de culturas. Ademais, de  forma ainda mais marcante, o constantinismo é a religião do antijudaísmo, como  ficou bem claro no decorrer dos últimos quase dois milênios, pois, para  justificar sua própria existência, a nova religião romana não apenas procurou  afastar-se de suas fontes judaicas, oriundas dos primitivos seguidores judeus de  Jesus, mas decidira, induvidosamente, destruir os próprios israelitas, para que  se consumasse a tese que ficou conhecida como Teologia da Substituição – cuja  premissa é esta: uma vez que a igreja foi levantada para substituir a Sinagoga,  os judeus deveriam ser eliminados, porque seriam um entrave, nesse novo cenário,  para a supremacia cristã, conforme um dos textos mais coloridos de  anti-semitismo do “Novo Testamento”: os “judeus não somente mataram o senhor  Jesus e os profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a D-us e são  inimigos de todos os homens” (1 Tessalonicenses 2:15): Como diz “Ave Maria”,  edição católica, de 1967, “os judeus eram agora rejeitados por D-us” (p. 1.535).  Esse pensamento malvado serviu de pretexto, máxime pela mentira de que foram os  judeus que assassinaram o messias dos cristãos, para respaldar a tese de ser a  “vontade de D-us” a promoção  de toda  a  sorte de perseguição do Povo de  Israel, nestes quase vinte séculos de história da igreja.  
1.8       O segundo marco  dessa história mal contada e deturpada pelos cristãos, como bem sabido dos  estudiosos, tem a ver com o tempo do bispo Dâmaso (papa Dâmaso), que determinou  a “São” Jerônimo [viveu entre 342 EC a 420 EC] que precedesse a uma reforma no  texto do “Novo Testamento”, para eliminar seus conteúdos considerados  exacerbadamente judaicos, retirando as possíveis dúvidas sobre a origem de Jesus  Nazareno [a quem nenhum livro de História da época se refere] a afastando certas  passagens que retratavam a humanidade do messias cristão de forma considerada  exagerada. Em seu livro derradeiro, Retractationes, Jerônimo confessa sua  resistência em obedecer à ordem papal e principalmente suas crises de  consciência em ter cumprindo uma missão que resultou em fraude maior do que  aquela perpetrada pelo Concílio de Nicéia.  
1.9        Sobre a farsa a  que fora levado pela ordem papal, “São” Jerônimo escreveu ao pontífice romano:  “De velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, de alguma forma  sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão  dispersos por todo o mundo e, como diferem entre si, que eu distinga os que  estão de acordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é  também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar  ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o  mundo já envelhecido. “Ele ponderou, após tantas alterações nos textos:  “Meclamitans esse sacrilegiu qui audeam aliquid in veteribus libris addere,  mutare, corrigere” (“Vão clamar que sou um sacrilégio, um falsário, porque terei  tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir algumas coisas nos artigos  livros” (Obras de São Jerônimo, 1693). Quando um cristão lê o “Novo Testamento”,  o grau de sua ignorância pode ser mensurado pelo valor atribuído à obra como um  todo. Ou ela é de D-us, ou não é, e a única maneira de saber-se isso é  comparando-a com a Revelação do Sinai.  
1.10       Foi assim que,  depois de tantas “arrumações” e “arranjos”, o “Novo Testamento” veio ser esse  amontoado de textos contraditórios, espúrios, com acréscimos atualmente  denunciados como invenções nas várias versões das Bíblias cristãs hodiernas cuja  edições atuais colocam entre parêntesis ou em notas marginais o descobrimento de  algumas trapaças. É significativo analisar eu, em razão de tais mentiras e  embustes, um número incalculável de seres humanos foi morto, ou assumiu o papel  de mártires de uma fé cujas bases de sustentação são o engodo, a credulidade, a  falsificação de fatos históricos e a deturpação dos textos sagrados dos judeus,  utilizado de forma desautorizada e contraditória, para emprestar validade a  tantas tramas e deboches. Na verdade, cristãos sinceros, sem se aperceberem que  são vítimas de falsidade histórica, admiram-se de os judeus não terem aceitado a  Jesus como seu messias. Esse cenário está mudando hoje – muitos cristãos,  especialmente os descendentes dos convertidos à força durante a chamada “santa”  Inquisição – Os B´ney Anussim – estão acordando para a realidade de que a única  Revelação verdadeira foi dada no Sinai e aos Profetas de Israel (Devarim 4:5-8;  Tehilim que os judeus são os únicos depositários dos “Oráculos de D-us” em  Romanos 3:1, 2; 9:4; João 4:22). O “Novo Testamento”, devidamente lido, não  passa de um amontoado de tolices e contrações, incapazes de satisfaz à busca da  Verdade por uma alma sincera. Não resiste a um confronto com a Bíblia Judaica.  
 II – UMA BREVE CONSIDERAÇÃO DO TANA”CH COMO  MARCA DEVASTADORA DA FALSIDADE DO  “NOVO  TESTAMENTO” 
2.1       Uma pessoa  honesta, que lê a “Carta aos Hebreus”, cuja autoria é atribuída ao apóstolo  Paulo – Um judeu, de origem romana, que, como visto, deu nova fisionomia aos  ensinos de Jesus, rompendo, assim, com a Torah – embora o estilo da escrita  destoe totalmente das demais epístolas paulinas, perceberá o esforço inteligente  do seu autor para provar a “divindade” do Nazareno, como se o fim colimado desse  desiderato fosse convencer os judeus que seu messias já havia chegado e era um  deus. Todavia, o autor da Carta aos Hebreus perde-se em temas tão simplórios,  para uma consideração paradigmática do Tana”ch, que chega a ser infantil. Por  exemplo, no capítulo 3, o escritor dessa Carta faz a seguinte comparação entre  Jesus e Mosheh: 
a)    enquanto Mosheh era Servo de D-us, Jesus é  Filho; 
b)  Mosheh foi fiel na Casa de D-us, e Jesus era o construtor da Casa e, assim, era  o próprio Deus; c) em razão disso: Mosheh seria inferior, merece menor honra,  afinal, se Jesus é D-us, Moisés é seu servo. Mas há um problema insolúvel nessa  análise superficial do fatos. Voltemos à Torah veremos que os escritos de Paulo  e de outros escritores do “Novo Testamento” não resistem a mais obsequiosa  análise e defesa. 
2.2      De fato, quando o  apóstolo Pedro valeu-se do texto de Devarim 18:15-19, para “provar”  que Jesus era o prometido Profeta, como lemos  em Atos dos Apóstolos 3:22 e 23, o mesmo fazendo o discípulo Estevão em Atos  7:37, fica evidente uma questão judaica indestrutível porqualquer argumento  contrário: o Profeta Prometido não poderia ser diferente ou mais importante do  que Mosheh, seria um homem como Mosheh, não um deus encarnado: seria um judeu  submisso a D-us, e jamais um Profeta teria maior glória do que Mosheh em Israel,  como está escrito na Torah. Com efeito, o ponto essencial é este: “Um Profeta  semelhante a mim” (Devarim 18:15, 18). Como o escritor da Carta aos Hebreus  atribuiu divindade a Jesus, este não é o “Profeta semelhante à Mosheh”,  desqualificando a Jesus, destarte, de ser o Prometido Messias. O verdadeiro  mashich, ainda que realize obras mais poderosas do que as feitas por Mosheh,  sujeitar-se-á, sempre, aos escritos mosaicos, pregado por Paulo, que acusa a  Torah de cegar os judeus! (Gálatas 3:5; 2 Coríntios 3:7, 8, 13-16) 
2.3      Nesse contexto, é  de todo interessante notar que os judeus, logo após a morte de Mosheh, estimavam  que Yehoshua (Josué) fosse no máximo semelhante à Mosheh, embora com uma missão  em certo sentido até mais relevante – a de levá-los à consumação das Palavras da  Torah, proferidas pelo Eterno, quando à conquista da Terra Prometida. A mesma  ameaça que lemos em Devarim 18:19, quanto a ser morto aquele que rejeitasse as  Palavras do Profeta semelhante à Mosheh, os israelitas a aplicarem a seu  relacionamento com Yeshoshua (ver Yehoshua [Josué] 1:17, 18). Imagine-se, pois,  se diferentemente do que nossos antepassados disseram a Yehoshua: “Queremos que  tu sejas semelhante à Mosheh”, tivessem este dito: “Iremos te considerar mais  importante que Mosheh”! Essa situação desqualificaria Yehoshua quanto a ser um  Profeta do Eterno, posto que ele fosse diferente e superior a Mosheh. Quanto a  isso, conforme já vimos acima, a Torah é definitiva: “Nunca se levantou em  Israel um profeta como Moshes, com quem o Eterno falou face a face”. Devarim  34:10; ver Shemot 33:11; Bamidbar 12:6-8) Ao tentar conceder a Jesus uma  distinção inexistente, a bem da verdade, o escritor da Carta aos Hebreus deu um  golpe de morte na sua pretensão de ele ser reconhecido com o Messias de Israel!  Definitivamente, à luz da Torah, Jesus não é o Messias esperado.   
2.4       Uma outra  “pérola”, no meio de tantas outras, do escrito da Carta aos Hebreus, foi à  construção totalmente forçada de que a “Nova Aliança” (de onde veio a  idealização do  “Novo Testamento”, ao  passo que nunca houve um “Velho”, já que nenhum homem morreu em favor dos  israelitas, deixando sua herança no documento chamado de “Testamento”), tem a  ver com a profecia de Yirmeyahu (Jeremias) 31:31-34, literalmente citada em  Hebreus 8:8-12. Alguns problemas, porém, devem ser suscitados aqui. Um deles,  gritante, é que na época de Jesus não mais existia o país “Israel”,  independente, que constituiu o Reino Setentrional da Terra Santa, mas apenas a  parte chamada “Yehudah” (Judá) permanecia em evidências, graças às promessas  Divina da perseverar Judá (Melachim Álef [ 1 Crônicas] 11:32; Melachim Beit 12  (2 Crônicas, cap. 12). O Profeta Jeremias, todavia, fala de uma Nova Aliança a  ser feita exatamente com a Casa de Israel e com a Casa de Judá. Daí ser  necessário observar que essa profecia somente poderá acontecer quanto se cumprir  outra profecia – a da restauração das duas Casas: Israel e Judá – a sua  subseqüente reunificação, conforme consta de várias outras profecias (Yiechezkel  [Ezequiel] 37:16-25; ver Yieshayhu [Isaías] 11:11, 12; Yirmeyahu [Jeremias]  3:18; 50:4. 
2.5            Portando,  quando Jesus entrou no cenário judaico, no primeiro século da Era Comum, não  havia mais as duas Casas – a de Judá e a de Israel – mas unicamente a Casa de  Judá, incluindo judeus da tribo de Benyamin, além dos levitas, a qual se  encontrava sob o domínio romano. Por isso, a própria origem do chamado “Novo  Testamento”, seria a “Nova Aliança”, predita em Jeremias 31:31, é fraudulenta,  porque, não existindo a “Casa de Israel”, algo a ser compreendido na restauração  das Tribos perdidas, que é uma das missões do Mashich verdadeiro (Yishayahu  11:1, 11,12; 49; 6), não poderia Jesus ser o mediador dessa “Nova Aliança”  apenas com a “Casa de Judá”. Para compreender plenamente essa questão, é mister  recordar-se que a vinda do Mashiach de Israel, o Descendente de Yishay, pai de  David, como predito em Yishayahu 11:1-12, somente ocorrerá após a Segunda Grande  Teshuvah (Retorno) e a Reunião dos Judeus, sim, “pela Segunda vez”, após a  Segunda destruição do Beit HaMikdash, evento que, de acordo com os evangelhos,  Jesus predisse a destruição do Templosagrado, ele não pode ser o Mashich, pois o  Mashich somente viria depois dessa destruição e a própria vinda do Mashich  legítimo somente ocorrerá no fim da grande Diáspora, iniciada com a destruição  do Segundo Templo! (é só ler Yishayahu 11:1, 2, 11,12).  
2.6      De fato, entre os  grandes eventos preditos, para a vinda do Mashich, está o retorno de judeus à  Terra Santa e a reunificação das Casas de Judá e de Israel (Yishayahu 37:15-28)  e o domínio de Israel sobre o Monte Moriah, onde será edificado  o Terceiro Templo, terminando os dois mil anos  ou “dois dias” preditos por Hoshea 6:1, 2 (um dia equivale a mil anos para o  Eterno, conforme o Tehilim [Salmo] 90:4), quando os filhos de Israel retornariam  à Terra Santa para, ali, restabeleceram os sacrifícios, e o próprio Santuário  Sagrado será o penhor da Nova Aliança, que é uma Aliança de Paz (Hoshea 3:4, 5;  Yiechezkel 37:21-28), Nesse sentido, o “Novo Testamento” é uma farsa que, sem  dar-se conta do alcance e do tempo especifico do cumprimento das profecias,  apresenta (divagações) em que se confundem contradições e sofismas diversos. Um  exemplo adicional desse cenário contraditório é a questão de um ser humano poder  ser ensinado por outro, após a plena implantação da Nova Aliança. No texto de  Jeremias 31:31, 33, 34, foi predito: ‘“Eis que vêm dias’, diz o Eterno,  irei concluir umaNova Aliança com a Casa de  Israel e com a Casa de Judá”’, `“Esta é a Aliança que firmarei com a Casa de  Israel, depois daqueles dias’, diz o Eterno, ‘implantarei Minha Torah no seu  íntimo, e escreverei no seu coração. E não mais ensinará jamais cada um ao seu  próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: ‘Conhece ao Eterno’, porque todos Me  conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Eterno, ‘pois perdoarei as  suas iniqüidade e dos seus pecados jamais Me lembrarei’”.  
2.7       Como sabido,  quando a Verdadeira Aliança do Mashich estiver em operação, a Humanidade  adquirirá tão elevado conhecimento da Torah, que todos os seres humanos serão  igualmente integrados à plenitude Divina e tudo funcionará para o bem comum  (Yieshayahu 11:9; Tehilim 22:26-28). Ninguém precisará mais de instrutores, de  pregadores e de líderes religiosos. Nenhum homem dominará outro homem para  desgraça, como ocorreu na História (Kohelet [Eclesiastes] 8:9). Ao aplicar esse  texto de Jeremias, para dar uma roupagem profética ao “Novo Testamento” (e  Hebreus 8:10, 11), mais uma vez restou exposta a fraude neotestamentária do  proselitismo determinado: “Ide e fazei discípulos e todas as Nações,  batizando-as... ensiando-as a obedecer todas as coisas que vos ordenei” (Mateus  28:19, 20) Se, como vimos, a Nova Aliança proíbe, taxativamente o ensino, nesta  palavras: “Não mais ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um a seu  irmão, dizendo: ‘Conhece ao Eterno, porque todos Me conhecerão, desde o menor  até ao maior deles”, como é possível identificar o chamado “Novo Testamento”  cristão com a “Nova Aliança” Judaica? Ademais, na perspectiva profética, não são  os judeus que procurarão os gentios, nos Acharit Hayamim [últimos dias da  História], mas são os gentios que procurarão os judeus, para servirem ao mesmo  D-us, após a construção do Terceiro Templo, no Monte Moriah, em Yierushalayim  (ver Yieshayahu 2:2-5; 56:1-8; Zacharyah [Zacarias] 8:20-23.  
2.8      Um segundo  aspecto, entre centenas de outros, a desmascarar a falsa pretensão de o “Novo  Testamento” ser Palavra de D-us, em confronto com a Revelação do Sinai, tem a  ver com a fraudulenta aplicação de Hoshea (Oséias) 11:1 ao menino Jesus, em que  fuga para o Egito, apresentada apenas no evangelho de Mateus como uma  determinação dada por meio de um anjo, em sonho, a José (Mateus 2:13-15).  Segundo a narrativa, D-us não teria encontrado outro meio para salvar o “Seu  Filho”, senão pela violação de Sua Torah, na qual o Eterno determina que, entre  os deveres de um rei judeu, está a proibição de fazer o povo retornar ao Egito,  porque a Mitzvah é clara: “Nunca mais deveis retornar por este caminho” (Devarim  17:16). A invenção da ida dos pais de Jesus ao Egito, vendo-se o assunto sob  óptica mais benévola, nãopoderia jamais acontecer, diante da ameaça do Profeta  Yieshayahu (Isaías): “Ai dos que descem ao Egito em busca de Socorro... Os que  não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Eterno” (Yieshayahu)  
31:1;  ver 30:1, 2). Na verdade, a Torah considera a ida ao Egito, ainda que em busca  de socorro, como um dos mais graves castigos em razão de ignominiosos pecado  praticados contra o D-us de Israel (Devarim 28:68), uma verdadeira negação da  Primeira Pronunciação: “Eu sou o Eterno, teu D-us, que te fiz sair da Terra do  Egito, portanto, é uma traição ao D-us Libertador!” É retornar à terra da  escravidão! 
2.9      Todavia, por mais  incrível que possa parecer, esse ensino, cheio de aberrações terríveis, do ponto  de vista da Torah, encontrou respaldo em outro exercício de fraude impensável:  estava prevista essa ida ao Egito! Assim, lemos em Mateus 2: 14,15 que José “  levantou-se, tomou de noite o menino a sua mãe, e partiu para o Egito, e lá  ficou até á morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor,  por intermédio de seu profeta: “ Do Egito chamei o Meu filho.” Como sabido, essa  citação é parte de Hoshea 11:1: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito  chamei o meu filho.” Esse texto sagrado, no entanto, nada tem a ver com a trama  neotestamentária, por simples razão: reporta-se á libertação de judeu para lá,  algo proibido logo no verso 5, do mesmo capítulo 11 de Hoshea, como também em  vários outros textos do mesmo profeta (hoshea 7:16; 8:13 e 9:3). No texto  citado, o Eterno está recordando o que já fez por Israel no passado e não o que  ele faria no futuro, pois o inteiro cenário tratado quanto a uma ida a mitzayim  é sempre no contexto de castigo, pela rebeldia e pela violação da torah (Devarim  28:68). Pena que Mateus, sendo judeu, se realmente era, ou quem o reescreveu,  não viu nada disso, e deturpou a torah para fundamentar a ida do menino Jesus ao  Egito-um lugar proibido, para buscar-se refúgio e, com essa desobediência,  livrar-sede Herodes, que iria a falecer só mais tarde. Não seria mais fácil para  o Todo-Poderoso retirar de Herodes do caminho, ao invés de mandar o menino e sua  família para o Egito? Assim, que certeza poderíamos ter de ele ser coerente?  
2.10      Há uma outra  questão de suma importância para provar as fraudes do “Novo Testamento” e tem a  ver, desta feita, com a virgindade de Maria, quando do nascimento de Jesus  nazareno. Uma das invenções mais grosseiras do “Novo Testamento”, de fato,  consiste no ensino do nascimento virginal de Jesus, pois apresenta como erro do  criador a normal faculdade da geração e concepção de filhos, como escreveu Tomás  de Aquino, considerando um dos baluartes do cristianismo, ”doutor da igreja”:  ´D-us deveria ter encontrado uma maneira menos imunda para a procriação ´. Essa  rejeição da primeira de todas as Mitzvot da Torah, a procriação (Beresht 1: 28),  pelo cristianismo, ao forjar o ensino de que Maria mãe de Jesus continuou sendo  virgem após a concepção e o parto, emprestou uma inexistente pecaminosidade ao  sexo, como é crença generalizada na igreja, que proíbe o casamento de clérigos,  exige o celibato de homens e mulheres que quiserem viver uma vida de maior  “santidade”, desvirtuando, assim, a santidade do matrimônio e o prazer sagrado  que vem da relações sexuais (Mishley 5:15-21). Essa questão colide, inclusive,  com o entendimento cristão de que o Isaque, mesmo tendo sido gerado por meio de  uma relação sexual de Abrahão e Sarah, nasceram do espírito santo (Gálatas  4:29). Por que não seria assim com Maria e José, no tocante ao seu filho, Jesus?  Não nasceu Jesus se uma mulher? (Gálatas 4:4).  
2.11       Todavia, como  sempre ocorre, para fundamentar-se, a falsidade precisa de um pouco de verdade.  Assim, nada mais “inteligente” do que construir a teologia da virgindade a  partir de um texto mal aplicado do Tana”ch – e esse texto é o do profeta  Yieshayahu (Isaías) 7:14, que reza, no texto hebraico literal: “Portanto, dará o  Eterno mesmo para vós sinal: eis, a donzela grávida dará à luz filho e lhe  chamará o nome Imanu El” (que significa: “Conosco [está] D-us”). A começar pelo  fato de não contar no texto a palavra “virgem” (em hebraico: betulah), mas  almah, ou seja, jovenzinha ou donzela, várias situações mostram o inútil esforço  da igreja para, à semelhança das religiões do Egito, Índia, Pérsia etc., cujos  avatares nasceram de virgens.  Osíris,  Krishna e Mitra, respectivamente – também apresentar ao  mundo o seu deus (Jesus) como nascido de uma  virgem. Ademais, na Pérsia, Zoroastro era visto como o redentor do mundo,  nascido de uma virgem; o próprio Buda também nasceu de uma virgem, chamada Mai  ou Maria; os Siameses criam num deus nascido de uma virgem chamada Codom, que  fora avisado por anjo que se tornaria mãe por meio dos raios de Sol, e que o  filho teria natureza divina. Essa falsidade, como visto, não é exclusiva dos  cristãos, pois é mais antiga do que sua fé, mas o paganismo também dominou o  tema no seio do cristianismo.  
2.11      Diante desse  quadro estranho, a única coisa que os cristãos não fizeram, para perceber a  fragilidade dessa tremenda falsidade, foi ler todo o capítulo sete de Isaías, e  forjaram a história da virgindade, a qual logo leva o leitor à seguinte questão:  Quem mentiu – o Profeta Isaías, que diz que o nome da criança seria Emanuel  [Imanu El], ou o anjo analfabeto, que não leu Isaías e mudou o nome do bebê para  JESUS? (Ver Mateus 1:21), Ora, ninguém nunca chamou Jesus pelo nome de Emanuel,  e sabemos que realmente nasceu um menino, nos dias de Acaz, segundo a Profecia,  que a ele se dirige como Imanu-El (Isaías 8:8), atribuindo-se ao Rei Ezequias  esse título, em razão das grandes obras por ele promovidas, na condição de  instrumento do Eterno. No entanto, a grande dificuldade não é apenas a do nome –  que é muito relevante em termos de Escrituras Sagradas – mas tem a ver com o  tempo de cumprimento da própria profecia sobre o nascimento de Emanuel, como  sinal Divino. 
2.13      Os cristãos  tomaram o bonde errado, ao presumir que poderiam levar a profecia de Isaías 7:14  para quase sete séculos. Depois, para a época de Jesus, uma vez que o Eterno  fixara, por Seu santo Profecia, Isaías, o tempo preciso do cumprimento dessa  profecia, que era de apenas até treze anos, ou seja, o tempo em que o menino  faria seu Bar Mitzvah. Basta ler, na tradução católica A Bíblia de Jerusalém:  “Pois sabei que os senhor mesmo dará um sinal: Eis que a jovem concebeu e dará a  luz um filho e pôr-lhe-a o nome de Emanuel. Ele se alimentará de coalhada e de  mel até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, por cujos dois reis  tu te apavoras, ficará reduzida a um ermo”   (Isaías 7: 14-16). Os dois reis – Retzin, da Síria, E Fecach, de Efráim  [Samária] – uniram-se para atacar Judá, mas o Eterno disse que isso resultaria  em nada, e deu o sinal do nascimento de Emanuel – um sinal para os dias de  Achaz, enquanto Judá estava sob a ameaça desse dois reis inimigos. Não há como  estender esse sinal para os dias em que os romanos dominavam a inteira Terra de  Israel, pois essa extensão de tempo colide, ainda, com os sessenta e cinco anos  finais de sobrevivência do rebelde Efráim (Samária) (ver Isaías  7:8; 2 Reis 17: 1-6). A simples leitura de  todo o capítulo 7 Isaías expõe a fraude dos cristãos e na estranha história da  “Virgem Maria”. Aliás, da família de Jesus tudo o que se pode ver é confusão. De  fato, quem era seu avô, pai de José? Mateus diz que era Jacó (Mateus 1:16);  Lucas discorda, e diz que era Eli (Lucas 3:23). O mais grave, porém, é que  Mateus (1:11,12) inclui Jeconias entre os ancestrais do Nazareno, o que impede  Jesus de pleitear o trono de David, diante do impedimento de os descendentes de  Jeconias poderem ser reis em Judá, por determinação divina (Jeremias 22:24-30).  
III –  NOSSO REPÚDIO PELAS MENTIRAS DO “NOVO TESTAMENTO” O CONFRONTO COM A VERDADE!  
3.1     Quando uma pessoa  que se diz “judeus messiânico”, ou  seja,  que é um pretenso “judeu cristão”, vai rezar no “Muro das Lamentações” sente um  terrível impacto: Há um Muro (Kotel), que subsiste há muitos séculos de  História. Segundo a Fé judaica, essa grande Parede de pedras dá testemunho de  que continuamos esperando o nosso Mashiach, como está escrito: “O meu Amado é  semelhante ao gamo ou ao filho da gazela; Ele está detrás da nossa Parede,  olhando pelas janelas, espreitando pelas frestas” ( Shir HaShirim 2:9). Ora, a  própria continuidade da grande Parede do Kotel – o lugar mais sagrado do  Judaísmo – até os nosso dias é um forte Testemunho da veracidade da Palavra do  Eterno. Mas, ao mesmo tempo, suscita, para os cristãos e “judeus messiânicos”,  uma triste lembrança – Jesus mentira, quando profetizou: “Em verdade vos digo  não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mateus 24:2). As pedras do  Kotel HaMaaravi continua umas sobre as outras. A profecia de Jesus falhou  espalmadamente!   
3.2      Não foi somente  essa profecia de Jesus que não teve cumprimento. Há algumas mais dramáticas. Por  exemplo, Jesus disse que seus discípulos não terminariam de pregar nas cidades  de Israel e nem morreriam antes de verem chegar o “Filho do Homem” no seu reino  – o que não aconteceu, como sabemos, até nossos dias – Mateus 10:23; 16:28;  24:14. Naturalmente, o Reino de D-us, nos precisos termos descritos por Daniel  2:44, é um Governo real, que acabará com os sistemas políticos terrestre e os  substituirá, definitivamente, pelo terrestres e os substituirá, definitivamente,  pelo Reinado da Casa de David. Se um cristão tenta convencer-nos de que a  chamada “transfiguração” seria esse “reino”, realmente está delirando. O Reino  de D-us não se sabe por que, nem poderia ser relatada para ninguém conforme  ordem de Jesus (Mateus 17:9). Claro, se Jesus disse que seu reino “não é desde  mundo” (João 18:36), mas o Reino de D-us é deste mundo e destruirá os demais  reinos deste mundo e somente ele permanecerá (Daniel 2:44; Tehilim 110:1-8,  texto heb.), ou seja, somente Israel restará (Jeremias 30:10,11; 46:28), o reino  de Jesus deve ser outro planeta. Não admira que ele, nas duas mais importantes  ocasiões em que poderia provar sua pretensão real, simplesmente agiu com  covardia! (João 6:15; Mateus 26:63, 64). Sim, não quis assumir o que o anjo do  evangelho sobre ele dissera: “D-us lhe dará o trono de Davi, seu pai! (Lucas  1:32). O trono de Davi era deste mundo!  
3.3      Libertar uma  pessoa que passou pela lavagem cerebral do “Novo Testamento” certamente não é  fácil. Crer em mentiras deslavadas faz parte da teologia cristã. Um exemplo é a  deturpação do relato do historiador judeu Flávio Josefo, no livro Guerra dos  Judeus contra os Romanos (cap. 19, parte 321), sobre a morte de um homem chamado  Zacarias, filho de Baraquias, no Templo, evento que ocorreu quase quarenta anos  depois da morte de Jesus. No entanto, ao escrever seu evangelho, o discípulo  Mateus apresenta Jesus dizendo que Baraquias era pai do Profeta Zacarias,  sacerdote assassinado no pátio do Templo, em Jerusalém. Houve uma tremenda  confusão em Mateus 23:35, porque o Zacarias morto a mando do ímpio rei Yash  (Jeoás), tinha por pai Yehoiada, como se pode ver em Divrey Hayamim [2 Crônicas]  24:20. Assim, o Mateus tomou como matéria de fundo do seu relato um evento  ocorrido muito depois da morte de Jesus, e por isso, ou Mateus não sabia que o  Profeta Zacarias, que não é o mesmo escritor do Livro de Zacarias, tinha por pai  outro homem. Essa confusão desmerece o relato.  
3.4       Uma outra  questão essencial na nossa rejeição de qualquer possibilidade de admitir o “Novo  Testamento”, mesmo como livro histórico, é a intenção evidente com que os  escritos foram deturpados, de modo geral, os escritos foram deturpados, de modo  geral, para fundamentar o anti-semitismo que norteou o morticínio dos judeus  nestes quase dois mil anos de supremacia do cristianismo. O deboche atinge o  auge quando Israel é simplesmente substituído pelos gentios, como se todos os  juramentos Divinos, feitos aos nosso antepassados, fossem promessas  passíveis  de alteração. Os constantes  ataques contra os fariseus, de parte de Jesus, realmente mostram que ele não  cumpria nem sequer o que ensinava, quanto a não retaliar os inimigos. Segundo  Mateus e Lucas, o mestre foi muito além, põe os “filhos do reino” – os judeus –  no inferno, e os gentios são contemplados, no Mundo Vindouro, com a vida eterna  junto com Avraham, Yitzchak e Yaakov, e todos os Profetas (Mateus 8:11 12:  13:28, 29) assim ao invés de serem os judeus os reunidos dos quatro cantos da  Terra, com predito (Isaías 43:5-7; 49:12), a igreja pretende ser destinatária,  no lugar dos israelitas, das promessas de restauração e, para isso, transformou  os gentios em substitutos dos filhos de Avraham. No entanto, no Propósito  Divino, os não-gentios são chamados a participar da alegria do Povo de Israel, o  Povo salvo pelo Eterno, e não a usufruir a Redenção, exclusivamente, ou como  substitutos dos judeus (Devarim 32:43; 33-28, 29).
  
3.5      Da leitura do  “Novo Testamento”, ressalta-se a única conclusão possível: não se trata de uma  mensagem Divina, dadas as hostilidades contra a santa Torah. A aceitação desse  conjunto deheresias – além da generosa proposta   de   Rav   Rambam, de    que   D-us    pode   usar   tanto    o   Nazareno     quanto     o    Ismaelita,     como     instrumentos     para      “pregar     o     caminho    para   o    Rei-Messias, moldando o mundo   todo  para   servir a  D-us  conjuntamente”   [Mishnê Torá, Imago, p. 296] – é realmente  repudiar a Torah, e os Profetas. Nesse caso, jamais poderemos, como judeus,  trair nossa fé ancestral, em razão da qual   fomos constituído o povo santo e especial de nosso D-us. Nesse diapasão,  devemos identificar o perigo que causará á nossa segurança espiritual manter  amizade com quem se esforça em nos afastar da Torah para crer num “senhor  morto”, num falso messias e num deus desconhecido de nossos Patriarcas. É mister  recuperar a plena consciência de que não é possível fazer um amálgama de  doutrinas judaicas e cristãs. Simplesmente, isso é impossível. Quando nos  deparamos com pessoas sejam elas quem forem  que desejam nos seduzir para crer no falso messias com tais, porque estaríamos  adentrando no caminho da idolatria, para adorar outro Deus, que não o KADOSH  BARUCH HU. Lembremos-nos, portanto, da advertência da torah: “se teu irmão,  filho de tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher de teu amor, ou o  amigo que amas como a tua própria alma te incitar em segredo, dizendo: “vamos e  sirvamos a outros deuses, que não conheceste, nem tu, nem teus antepassados, não  concordarás com ele, nem o ouvirás; não o olharás com piedade, não o pouparás,  nem o esconderás...” (Devarim 13:6-8). O desprezo a tais pessoas é a nossa  segurança espiritual. Descarta-se, daí, a possibilidade de ecumenismo  perigoso.
3.6   Uma das  dificuldades   adicionais  da  aceitação     da Messianidade de Jesus Nazareno, além do fato dele não ser descendente  de David Melech (pois os evangelhos dizem que José era apenas seu pai adotivo, e  nessa situação nem mesmo ele poderia ser aceito na Congregação de Israel, por  ser um bastardo – Devarim 23.2), é o tempo decorrido desde sua vinda e o não -  cumprimento das profecias que, na visão dos Profetas de Israel, teriam imediata  realização como promessas messiânicas. O cristianismo falhou em tudo. O cenário  do mundo atual, a par das desgraças perpetradas pelos professores seguidores do  Nazareno contra o nosso povo, comprova a fraude que o cristianismo tem  patrocinado para a sofrida humanidade. É por isso que nós - judeus, não podemos  assimilar essa fé decadente, essa farsa gritante e aceitar o espúrio messias dos  Cristãos. Precisamos ser livres do ideário cristão, porque suas expectativas são  falsas, seus ensinos contradizem a nossa Torah e nós, judeus, temos todo o  arcabouço da sabedoria infinita para nos guiar até à chegada do nosso Mashiach,  cuja vinda anelamos todos os dias.  
IV – AS  CONTRADIÇÕES QUE A TRAMA NEOTESTAMENTÁRIA NÃO CONSEGUIU APAGAR.  
4.1     O simples exame  dos escritos do “Novo Testamento”, que servem de base para a fé de cerca de dois  bilhões de  seres humanos, dá conta de  que não resistem a uma análise até singela. Pela aplicação do método de Shlomoh,  para a interpretação dos textos sagrados, “comparado uma coisa com outra, para a  respeito delas formar o meu juízo” (Kohelet Eclesiastes) 7:27, Verificaremos que  cada comparação, seja dos textos do “Novo Testamento” com os do TANA” CH (a  Bíblia Judaica), bem como nos próprios textos da bíblia cristã entre si, a  confusão é grande, ‘às vezes as discrepância chegam a ser ridículas. O  lamentável é que há judeus se voltando para essas coisas espúrias, abandonando o  povo escolhido, justamente quando os sinais da chegada do verdadeiro Mashiaach  já apontam o despertar da era Messiânica. Por isso, a necessidade de uma  reeducação de famílias de judeus assimilados, ou em processo de abandono da  Torah, para que tomem conhecimento do perigo espiritual que estão correndo, ao  acreditarem em mentiras e tramas nem sequer bem urdidas.  
4.2       Como judeu, além  do método de Shlomoh, acima mencionado, temos as “Treze Regras do Rav Yishmael”,  para a segurança das interpretações (Ver Sidur da ED. Sêfer, pp. 302, 303).  Usando-se esse método, qualquer tentativa para colher alguma conciliação entre  os textos neotestamentários mostra-se debalde. Realmente, o “Novo Testamento”  deve ser abandonado como literatura inexpressiva, em questões de Revelação  Divina! A total desarmonia entre os textos cristãos e até mesmo com a história  secular é gritante; a cronologia não consegue acompanhar os eventos e não raro  evidencia uma estranha necessidade de fazer-se opção entre teses antagônicas.  Esse quadro é também evidente em discrepância doutrinárias. Assim, por exemplo,  um membro da Igreja Adventista pode encontrar, no “Novo Testamento”, respaldo  para não comer comidas imundas (2 Coríntios 6:17, 18; 7:1); mas, um membro da  igreja batista também encontrará guarida para o ensino de que é possível comer  comidas proibidas pela Torah (Ver 1 Coríntios 10:25; Marcos 7:18-20). É possível  acreditar que não é necessário nenhuma caridade para um crente salvar-se  (Efésios 2:8,9; Romanos 4:5), como é possível verificar que outro escritor exige  as boas abras para a salvação! (Tiago 2:14-26) ao que tudo indica, a oração do  Nazareno, em favor da unidade de fé dos seus seguidores, não foi ouvida! (João  17:20-23). É difícil conciliar as várias doutrinas cristãs em conflito, no  elenco de suas diversas seitas antagônicas, e retirar do “Novo Testamento” algo  que pudesse compelir com a nossa Torah simplesmente não sobra nada!  
4.3       Uma maneira de  compreender bem a triste situação do “Novo Testamento” é levantar-se a  contextualização dos ensinos, a partir dos evangelhos, do livro de atos, das  cartas e do livro do Apocalipse. A surpresa é grande, diante de tantas  contradições. Nesse sentido, recordamos o que escreveu o discípulo Lucas, ao  dizer que pesquisara todas as coisas para fazer seu relato evangélico: “Visto  que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre  nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram  testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem,  depois de ACURADA INVESTIGAÇÃO DE TUDO DESDE SUA ORIGEM, dar-te por escrito,  excelentíssimo Teófilo, UMA EXPOSIÇÃO EM ORDEM, para que tenhas plena certeza  das verdades em que foste instruído” (Lucas 1:1-4). A impressão que se tem,  logicamente, é que oEvangelho de Lucas, diante de tais palavras, esgotou todo o  ensino de Jesus e seria mais completo do que todos os demais evangelhos. Mas  isso não é verdade. Trata-se de claro sofisma.  
4.4       Com efeito, o  mais importante milagre de Jesus, relatado no Evangelho de João, ou seja, a  ressurreição de lázaro, após quatro dias de decomposição de seu cadáver (João  11:1-53), não mereceu uma única linha no Evangelho de Lucas, apesar de ele Ter  feito uma “acurada investigação de tudo desde sua origem”. Seria Lucas o “o  médico armado” mencionado por Paulo como um de seus companheiros e viagem?  (Colossenses 4:14). Nesse caso, como médico, Lucas não engoliu a magnitude desse  assombroso milagre. Ou nada havia, na época em que compôs seu relato, sobre esse  fantástico fenômeno sobrenatural. É estranho ainda, o fato de ter Lucas deixado  de incluir, em seu exaustivo trabalho,    nada menos que quatorze parábolas de Jesus, encontradas em outros  evangelhos:  1) a do joio;  2) a do tesouro escondido;  3) a pérola de grande valor;  4) a rede de pescar;  5) o pai de família e o tesouro;  6) o credor exigente;  7) os trabalhadores;  8) os dois filhos;  9) as bodas;  10) as dez virgens;  11) os dez talentos;  12) as ovelhas e os bodes;  13) o pai de família e os servos;  14) e a semente (ver Mateus 13:24-30:13:44-52;  18:23-35; 20:1-16; 21:28-32; 22:1-14; 25:1-46). Lucas também – como os demais  evangelistas sinópticos – não incluiu a história  da mulher adúltera, relata em João 8:1-11,  embora esse relato, antes de estar no Evangelho de João já tivesse sido exposto  no Evangelho de Lucas e dali retirado. Segundo a antologia de Lewis Browne,  Sabedoria de Israel, essa história é de origem grega. A simples leitura desse  texto, porém induz o leitor a inferir que   Jesus acreditou que uma mulher fosse capaz de adulterar sozinha, ou ele  era machista e parcial, pois nada perguntou sobre o homem adúltero (ver Devarim  [Deuteronômio] 22:22); o relato insinua que o Templo Sagrado possuía chão, sem  piso, onde Jesus pudesse escrever (João 8:2, 6, 8), e apresenta a condenação da  mulher como procedimento que pudesse ser levado à execução sem o pronunciamento  dos juizes! (Devarim 1:16, 17; 16:18-20). Não admira que tal texto esteja sendo  expulso do “Novo Testamento” como espúrio!  
4.5       Por isso, causa  perplexidade a simples leitura de explicação, como a do Dr. Lucas, de que seu  evangelho conteria “tudo desde sua origem”, toda a história e ensinos do  Nazareno. Mas Lucas equivocou-se, ou certamente não teve acesso a muitos  escritos sobre Jesus, hoje conhecidos, porque somente seriam escritos muito mais  tarde, por supostos discípulos, que não tendo escrito nada, tornaram-se famosos  escritores mesmo assim. Veja-se, por exemplo, o caso do pseudônimo dado ao  apóstolo João, sem que nada comprove ser ele o tal “discípulos que Jesus  amava” (João 13:23; 19:26; 20:2; 21:24).  Seria mesmo João esse discípulo tão destacadamente amado?  Ora, esse título especial jamais caberia a  João, e sim, como de todos sabido, ao discípulo Lázaro, sobre quem está escrito:  “Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor está enfermo aquele a  quem amas” (João 11:3). Esse amor era muito particular. Quando Lázaro morreu,  Jesus chorou, e veio o reconhecimento desse amor pelos presentes: “Vede o quanto  o amava” (João 11:36). Assim, o único discípulo a merecer tal distinção era  Lázaro, não João. Por ser o discípulo amado e destacado protagonista dessas  histórias, que se encontram no atual Evangelho de João, inclusive a de sua  própria ressurreição, desconhecida dos demais evangelistas, Lázaro está muito  mais habilitado a ser o autor de grande parte desse evangelho, particularmente  porque, tendo ressuscitado, conforme o relato seria sobre ele mais apropriada  lenda de que “o discípulo a quem Jesus amava... não morreria” (João 21:20-23).  Com isso, constatamos que até mesmo a autoria dos relatos não é fidedigna.  Quanto mais seu conteúdo e veracidade histórica!  
4.6    Quanto ao elenco de  contradições, desarmonia entre si e inúmeras agressões aos textos do Tana”ch, o  ”Novo Testamento” é incomparável. Talvez somente o Corão – livro sagrado dos  muçulmanos, que confunde Miriam, irmã de Moisés, com Maria, mãe de Jesus –  possui mais sandices. Adiante, uma pequena lista desse triste cenário que, a bem  da verdade, desautoriza ser o “Novo Testamento” uma Palavra do Criador para a  Humanidade. De fato, da Torah foi dito: “A Torah do Eterno é perfeita e restaura  a alma; o Testemunho do Eterno é fidedigno, e dá sabedoria aos simples. Os  Preceitos do Eterno são corretos e alegram o coração; o Mandamento do Eterno é  puro e ilumina os olhos” (Tehilim 19:8, 9, texto hebraico). Com forte certeza,  aprendemos, como judeus, que na Torah, nos Profetas e nas Escrituras inspiradas,  dadas aos nosso Povo, “não há nenhuma coisa contraditória, nem perversa. Todas  são corretas, para quem as entendem justas, para os que acham o conhecimento”  (Mishley [Provérbios] 8:8, 9). O mesmo, evidentemente, não se pode dizer do  “Novo Testamento”. 
V –  ALGUMAS PÉROLAS – NEOTESTAMENTÁRIAS    -    CONFUSÕES E  CONTRADIÇÕES SEM FIM. AS FALSAS  PROFECIAS  DE JESUS NAZARENO. A  IDENTIFICAÇÃO DO VERDADEIRO                              MESSIAS DE  ISRAEL. 
5.1  Para comprovar-se o elenco de contradições, falsas profecias, confusões e não  raro a má fé dos autores do “Novo Testamento”, no vão esforço de tornar a nossa  Torah obsoleta e, assim, apresentar as escrituras cristãs como sucedâneo do que  se habituaram a chamar de “Velho Testamento”, ou seja, a Bíblia Judaica, basta  fazer uma simples leitura e comparação dos textos abaixo citados. Infelizmente,  até mesmo esse cotejo causa medo nos cristãos e nos chamados “judeus  messiânicos”, porque suas crenças simplesmente desabam, ao primeiro contato com  a falta de inspiração Divina de seus escritos sagrados.  A lista abaixo, como se percebe, não esgota o  tema. Das centenas de contradições, escolhemos algumas, para meditação dos  leitores.
5.2      Naturalmente, os  exegetas da fraude não se cansarão de tentar explicar o inexplicável, para  convencer os crédulos de que o Messias já veio há quase dois mil anos atrás,  embora as profecias fidedignas sobre a Era Messiânica somente agora começam a  fluir, com aproximação dos tempos designados como Acharit Hayamin – com a  entrada de Israel, como Nação organizada, no cenário mundial, com o retorno dos  Judeus ‘a Terra de nossos ancestrais, com a crescente onda de anti-semitismo  despontando nos horizontes sociopolítico e econômico das nações, com o despertar  dos Judeus para a Torah, inclusive os descendentes dos convertidos ‘a força ao  cristianismo, e, mais a frente, com a breve restauração da Profecia em Israel e  a construção do Terceiro Templo no Monte Moriah. Por isso, simplesmente, não  seria possível ver-se em Jesus o nosso Messias, porquanto, nos seus dias, no  primeiro século da Era Comum, diferentemente do que todos os israelitas  esperavam, não floresceu o justo e nem se viu a esperada abundância de paz e  nenhum Governo messiânico foi estabelecido! (Salmo 72:7, no texto hebraico  72:8). Além disso, Jesus morreu algo que não esperamos de Rei-Messias,  procedente da casa de David (Isaías 9:7; Daniel 7:14; Salmo 61:6, 7, no texto  hebraico 61:7, 8) Anelamos, com fervor, pelo dia em que nosso Messias Se  manifestará, para a felicidade de todos os descendentes de Noé!  
5.3      Em questão de  identificação do Messias de Israel, é vital analisar algumas das exigências  fixadas no Tana”ch. Os pré-requisitos messiânicos são amplos, e está bem claro  que Jesus não satisfez a nenhum deles; ele apareceu no cenário fora do tempo,  não concretizou a libertação de Israel, não reuniu as Tribos dispersas, não pôde  restaurar o Templo, porque em sua época não estava destruído, não estabeleceu a  paz entre as Nações e, ao contrário, seus professos seguidores, nos últimos  vinte séculos, promoveram guerras sem fim, inclusive as duas Guerras Mundiais,  além da incessante perseguição dirigida contra os Judeus. Do elenco de  exigências que o candidato a Messias deverá satisfazer, de maneira plena, cabal,  convincente e definitiva, registramos doze. Elias: a) O Messias é Judeu (  Números 24:17; Deuteronômio 17:15; 18:15); b) ele é descendente da tribo de Judá  (Gênesis 49:10); c) ele é descendente do rei David (2 Samuel 7:11-29; Salmo  89:29-37; Jeremias 23:5; 33:17; 1 Crônicas 17:11); d) ele é descendente do rei  Salomão (1 Reis 9:4, 5; 1 Crônicas 22:9, 10; 2 Crônicas 7:18); e) não pode ser  descendente de Jeconias (Jeremias 22:24-30); f) ele reunirá e restaurará as  tribos dispersas de Judá e de Israel, unificando as duas casas (Isaías 11:1,  10-12, 16; 27:12,13; 43:5, 6; Jeremias 3:18; 50:4; Ezequiel 37:16-25); g) sua  vinda está associada ‘a construção do Terceiro Templo, que será símbolo da  Aliança de Paz (Ezequiel 37:26-28; Isaias 2: 1-4); h) o Messias, com a sua  chegada, vem aos que abandonaram o pecado e acabará com a maldade e a  pecaminosidade (Isaías 59:20, 21; 60:21; Jeremias 50:20; Ezequiel 37:23;  Sofonias 3:13; Malaquias 3:19 [4:1, texto cristão]; i) a Humanidade alcançará a  plena consciência da Vontade Divina (Isaías 11:1, 9 40:5; Habacuque 2:14;  Jeremias 31:31-34; Joel 3:1. 2 (2:28, 09, texto cristão); j) o reinado do  Messias na Terra resultará em serviço universal da Humanidade ao Criador, com  paz total entre os homens e na natureza, e todos falarão um só idioma e estarão  felizes com as abundantes provisões de toda ordem (Sofonias 3:9; Isaías 2:2-3;  11:1-9; 65:25; Miquéias 4:1, 2; Zacarias 9:10, 16; 14:9; Salmo 72:8-18; Oséias  2:20; Ezequiel 36:29, 30; Amós 9:13); k) ocorrerá a ressurreição física e  espiritual dos mortos (Isaías 26:19, Ezequiel 37:12-14; Daniel 12:2; Jó  19:25-27; 33:25-28); e 1) o Messias trará o fim das doenças e da morte! (Isaías  35:5, 6, 10; 25:8; Oséas 13:14). Nos últimos vinte séculos, a História  encarregou-se de provar que Jesus não satisfez as profecias messiânicas. Ele não  é, definitivamente, o nosso Mashiach!  
5.4     No tocante às  falsas profecias de Jesus Nazareno, não nos esqueçamos que basta uma palavra  falsa para que o pretenso profeta seja rejeitado – não merece nosso temor  (Deuteronômio 18:20-22). É obvio que os exegetas cristãos tentam,  desesperadamente, emprestar interpretações diversas para as falsas profecias de  Jesus. Não convencem, porém, dada a clareza meridiana de tais enfoques  pseudoproféticos. Basta conferi-los:  
a)    Mateus 16:28: “Em verdade vos digo que  alguns aqui se encontram que de maneira nenhuma passarão pela morte até que  vejam o filho do homem no seu reino.” Seria a farsa da transfiguração o reino?  Fiquemos com Daniel 2:44, sobre o Reino do Messias ser real, capaz de destruir  os governos adversários; 
b)   Mateus 10:23: “Em verdade vos digo que não  acabareis  de percorrer as cidades de  Israel, até que venha o filho do homem”. Talvez, por isso, os missionários e os  “judeus messiânicos” estão loucos para imigrar a Israel, porque, afinal, essa  pregação já dura quase 2000 anos e precisa ser finalizada, já que os primitivos  pregadores ser finalizada, ainda não concluíram seu trabalho em todas as cidades  israelenses.  Como não existe outro  cenário, Jesus mentiu e é mais um falso profeta;  
c)  Mateus 24:14: “E será pregado este evangelho  do reino por todo o mundo, para estemunho a todas as nações. Então virá o fim”.  E o evangelho já foi pregado em todo o mundo? “Sim!” – responde o apóstolo  Paulo: “não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes, e que  foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei  ministro” (Colossenses 1:23). E por que o fim do mundo não veio? Porque Jesus  mentiu! E mentiu feio mesmo: “Em verdade vos digo que não passará esta geração  sem que tudo isto aconteça” (Mateus 24:34). Onde será que está morando uma  pessoa sequer daquela geração, que ouvi a mensagem de Jesus? Tem que sobrar ao  menos um... ou era bluff! Jesus é um falso profeta!  
d) João  12:32: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”. Por  que será que os chineses e os indianos – uma grande parte da Humanidade – não  foi atraída por Jesus? Por que o islamismo está crescendo mais do que o  cristianismo? 
5.5      Ora, que falsas  profecias são essas? Todos os discípulos de Jesus morreram, devem ter percorrido  todas as cidades de Israel e pregaram no mundo todo, como disse Paulo! Mas nada  aconteceu. Seriam tais vãs promessas sinais identificadores do Messias? Querem  que nós, judeus, acreditemos em tais mentiras “pela fé”? Como explicar a nós,  judeus, que, há quase dois milênios, mesmo quando impedidos de orar nesse lugar  sagrado, contemplamos o muro das Lamentações, o nosso Kotel, como prova evidente  de que um dia o Beit HaMikdash será reedificado – diante de falsa profecia de  Jesus de que nada sobraria do Templo? Ora, as pedras do Kotel HaMaaravi  continuam umas sobre as outras. A profecia de Jesus falhou espalmadamente: “Em  verdade vos digo que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada”  (Mateus 24:2). As pedras estão lá – contradizendo o Nazareno!  
 5.6       Há, ainda, algumas coisas intrigantes   nos ensinos  e condutas de Jesus  que causam espécie, quando se considera a grande expectativa construída pela  igreja cristã de ser ele o Messias. Vejamos alguns fatos:  
a)  Jesus era capaz de amaldiçoar uma figueira, simplesmente porque a pobre árvore  estava sem frutos, “porque não era tempo de figos” (Marcos 11:13). Que maldade  antiecológica! Que violação da Torah! (Deuteronômio 20:19). Será que os cristãos  dirão que o vento era simbólico e representa a rejeição de Israel? (Lucas  13:6-8) Ou Pedro está com a razão, ao ter observado que até as raízes das  figueiras secaram? (Marcos 11:20, 21). Ora, se tais raízes secas são o Judaísmo,  como querem alguns teólogos, o cristianismo, que, alegadamente, teria origem  nessas raízes, estaria em grandes apuros! (Romanos 11:16-18);  
b)  Jesus tem compromissos com a família? Parece que não: “Se alguém vem a mim, e  não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs,  sim, até a própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26). Os cristãos  correm para explicar: “odiar, ou seja, amar menos”, conforme nota marginal desse  texto, nas traduções. Diferentemente do profeta Elias, que permitiu a Eliseu  despedir-se de seus pais e amigos (1 Reis 19:19-21), Jesus não mostrou compaixão  com um prospectivo seguidor, que alegou sua preocupação com seu pai falecido:  “Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Respondeu-lhe, porém, Jesus: Segue-me,  e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mateus 8:21, 22). Jesus,  ademais, proibiu que seus seguidores chamassem o genitor de “pai” (Mateus 23:9),  o que o Criador não fez (Gênesis 2:24; Êxodo 20:12). Os verdadeiros Profetas  discordam do Nazareno, quanto a essa proibição estender-se também ‘a esfera  espiritual (2 Reis 2:12; 6:21; 13:14). Não admira que os parentes de Jesus o  considerassem louco! (Marcos 3:21);  
c)    os cristãos aplicam a Jesus a nomenclatura  de Isaías 9:6; assim, ele  seria o  “Príncipe da Paz”. Custa acreditar, diante e suas palavras: “Não penseis que vim  trazer paz ‘a terra; não vim trazer paz, mas a espada. Pois vim causar divisão  entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra”  (Mateus 10:34,35). Não admira o ódio reinante na História, entre cristãos e  deste para com os chamados “pagãos”. De fato, o mestre mandou os discípulos  adquirirem até espadas, para certa ocasião! (Lucas 22:35-38). Jesus, no fim das  contas, manda que seus seguidores matem os Judeus, “seus inimigos” (Lucas  19:27); 
  d)    as profecias falam do Messias como alguém preocupado com o destino de  toda a Humanidade, pois falaria de paz aos não-judeus (Zacarias 9:10; Isaías  9:7). Mas Jesus, ao contrário, não estava muito preocupado com os gentios,  proibindo seus discípulos de pregarem para os outros povos (Mateus 10:5-7). Com  efeito, comparou uma gentia desesperada, que lhe suplicava ajuda, aos cachorros,  sem direito algum! (Mateus 15:21-26);  
e)Jesus  levantava-se contra fatos históricos, na tentativa de confundir seus ouvintes,  como fez no seu discurso sobre o maná. Segundo a Torah, o Eterno prometeu fazer  chover “pão do céu” [lechem mim-hashamayim]   para os hebreus (Êxodo 16:4, ver também Salmos 78:24; 105:40, texto  cristão; 78:25; 105:41, texto hebraico). Mas, Jesus afirmou, categoricamente:  “Em verdade vos digo: Não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. O verdadeiro pão  do céu é meu Pai quem vós dá.” “Vossos pais comeram o maná no deserto, e  morreram”. “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer viverá  eternamente” (João 6:32, 49, 51). A mensagem ficou sem sentido: os hebreus  comeram o “pão do céu”, e morreram; os  cristãos, mesmo comendo o seu “verdadeiro pão do céu”, continuam mortais. Que  disparate! 
f)  Jesus se comparava a um ladrão (Mateus 24:43, 44) apesar dos malefícios dessa  comparação (João 10:10). Ademais, não achava preocupante o terem chamado de  comilão e beberrão, se ele dava razão para isso (Mateus 11:19), embora tal  conduta o atingisse moralmente (Provérbios 23:20, 21); e ofendia a incolumidade  pública em questões de higiene e purificação (Lucas 11:37, 38; Mateus 15:2),  desrespeitando a autoridade divinamente constituída! (Deuteronômio 17:8-13).  
5.7       Realmente, se as  pessoas levassem a sério os ensinos de Jesus e   imitassem a sua conduta (João 13:15), a Humanidade estaria cheia de  mutilados pela fé (Mateus 5:29, 30); de famílias destruídas pelo ódio (Lucas  14:26; Mateus 10:35); de covardes, sem senso de dignidade (Lucas 6:29); de  miseráveis e perdulários, por de perderem o reino dos céus (Mateus 19:21-24); de  homens cadastrados (Mateus 19:12); de subnutridos, por tantos jejuns (Mateus  5:20); Lucas 18:12); de ladrões justificados pelo mau exemplo (Marcos  11:1-6; João 13:15); de destacadores da  autoridade constituída! (Lucas 13:31,32); de espancadores nas igrejas (João  2:15); e de porcos endemoninhados (Marcos 5:1-17). De fato, causa espécie certa  análise da conduta do mestre!  
5.8      Convém, ainda,  fazer um breve registro da desonestidade das citações parciais do Tana”ch no  “Novo Testamento”. Se parte essencial do texto é omitida, um novo ensino ou  aplicação do texto é omitida, um novo ensino ou aplicação profética deturpada  vem a lume. Como já visto, isso ocorrerá com o texto de Oséias 11:1, citado em  Mateus 2:15, onde se lê apenas a Segunda parte do versículos de Oséias 11:1.  Ademais, o verbo está no passado, porque se refere ‘a libertação dos hebreus no  Egito. Um outro exemplo é a citação de Isaías 42:1-4, em Mateus 12:18-21. O  texto de Isaías 42:4 (muito mal traduzido pelos cristãos, por motivo óbvio) é  omitido na parte que declara: “não será ferido [morto – ver Levítico 24:17, onde  ocorre o mesmo verbo hebraico ych´heh], nem correrá [ou se ausentará] até pôr na  Terra a Justiça”. Como Jesus foi ferido e morto, e foi ao Céu, segundo os  evangelhos, sem que a Terra experimentasse a prometida Justiça, o escritor de  Mateus (ou seu reescritor) retirou essa parte do texto, para evitar  “mal-entendidos”. Mas está claro: Jesus não é o Messias, se essa aplicação de  Isaías, pelos cristãos, estivesse correta. Ademais, sobre esse texto, recorda-se  que nas Bíblias cristãs há título explicativo acima de Isaías 42:1 – “O Servo do  Senhor”, reportando-se a Jesus; mas, no mesmo capítulo 42, acima do verso é cego  e surdo”, as Bíbliascristãs substituem o seu messias por Israel: “Lamento sobre  a cegueira de Israel”, dizem. Ou seja, se a matéria é boa, é aplicada a Jesus,  se contém repreensão, aplica-se aos judeus! Esse expediente de ocultar o  restante do texto foi muito explorado por Paulo, como em seu argumento de que  Jesus é filho primogênito de D-us, em Hebreus 1:5 onde cita parte de 2 Samuel  7:14: “Eu lhe serei pai, e ele me será filho”. E o restante do versículo? “E  quando ele cometer iniqüidade, irei corrigi- lo com vara de homem, com açoites  de filhos de Adão”. Tal exercício, portanto, é desonesto -  ou o versículo todo se aplica a Jesus, ou,  não. 
5.9      De todo o  conjunto de defeitos neotestamentários, citamos apenas alguns, abaixo, além dos  acima abordados, com comentários, recomendados que sejam lidos os textos  indicados, para patentear-se avisão caótica desses escritos, que são tidos como  “inspirados por D-us”. Facilmente, o pesquisador descobrirá que a Humanidade vem  acreditando em fraudes religiosas, que causaram tantas guerras e mortes, e  principalmente tanta hostilidade e brutais perseguições contra o Povo de Israel,  porque jamais nosso Povo deixou de crer na sagrada Torah, para ser manipulado  por invenções humanas. Eis alguns exemplos dessa estranha situação, que permeia  todo o “Novo Testamento”, desqualificando-se como Palavra de D-us:  
a)  Contradições, falsas profecias e confusões nas palavras e condutas de Jesus, ou  nos relatos sobre ele: 
1)Jesus  disse que seus discípulos não terminariam de pregar nas cidades e Israel e nem  morreriam antes de verem chegar o Filho do Homem no seu reino – mas pareceu que  Jesus não sabia o que era o reino de D-us, pois sua profecia não aconteceu: os  seus discípulos morreram, sem que p Reino tivesse aparecido, pelo menos não o de  D-us! (Mateus 10:23; 16:28; 24:14; Daniel 2:44);  
 2) A profecia que fala que Jesus seria chamado  de “Nazareno”, conforme registrada em Mateus 2:23, simplesmente nunca existiu na  Bíblia Judaica, e nem a cidade de Nazaré existiu no tempo dos profetas de  Israel! Aqui há um patente acréscimo na profecia, expondo a pessoa como  mentirosa (Provérbios 30:5, 6);  
3)  Segundo o Evangelho de Mateus (21:18-20), Jesus amaldiçoou a figueira e ela  secou-se imediatamente; discordando de Mateus, Marcos (11:12-14, 20, 21) informa  que somente no outro dia os discípulos perceberam que a figueira secara. É  importante registrar, aqui, não só falta de sensibilidade de Jesus, para com a  figueira, pois, como registrou Marcos (11:13), “não era tempo de figo” – e o  Nazareno devia saber disso – como também a gravidade da conduta de Jesus, ao ter  destruído uma árvore frutífera, violando a Torah, inclusive, porque o figo é uma  das sete frutas que honram a Terra de Israel (Deuteronômio 20:19; 8:6-9);  
4)Jairo  pede a Jesus ajuda ‘a filha que estava morrendo   (Lucas 8:41-42); contradizendo Lucas,      Mateus diz que Jairo pediu ajuda quando a  filha já estava morta (Mateus 9:18);  
5) Ao  sair de Jericó, Jesus curou dois cegos (Mateus 20:29, 30); não  foi bem assim, pois ele curou apenas um cego  (Marcos10:46, 47); 
  
6)  Zacarias, disse Jesus, equivocado, era filho de Baraquias (Mateus  23:35); mas não era nada disso, pois Zacarias  era filho de Yehoiada (2 Crônicas 24:20-22). Na verdade, esses personagens,  citados por Jesus, encontram-se em Flávio Josefo (Guerra dos Judeus contra os  Romanos, cap. 19, parte 321), e se trata de evento ocorrido cerca de quarenta  anos após a morte do Nazareno, que, assim, não poderia ter falado sobre tal  ocorrência, como fato histórico;  
 7)Dois discípulos buscaram uma jumenta e um  jumentinho para Jesus  (Mateus 21:2-7);  mas Marcos escreveu diferentemente – era apenas um jumentinho, sem a mãe (Marcos  11:2-7);   
8)Um  “novo mandamento” foi dado por Jesus, escreveu João (João 13:34); mas foi um  equívoco, pois não há “novo mandamento” algum, escreveu João depois (1 João 2:7,  8; 2 João 5); 
  
 9) Jesus afirma, em Lucas 16:16, que a Torah e  os profetas vigoraram apenas até João Batista. Mas, espere! Mesmo assim, Jesus  afirma que não cairá um yud [menor letra do alfabeto hebraico] da Torah, e isso  no versículo seguinte! (Lucas 16:17); segundo ele, ademais, ela continua em  vigor e não cairá nenhum dos seus menores mandamentos! (Mateus  5:17-19);
10)  Quem fez o pedido para que os irmãos Tiago e João se assentassem, um ‘à direita  e outro, à esquerda, de Jesus, em seu reino? Mateus (20:20,21) afirma que foi a  mãe deles; Marcos (10:35-37)assegura que foram os dois discípulos que fizeram o  pedido pessoalmente; 
     
11)  Jesus disse que João Batista era o prometido Profeta Elias, que  deveria vir antes do terrível Dia do Eterno  (Mateus 11:12-14; 17:10-13); João Batista, porém, desmentindo a Jesus, disse:  “Eu não sou Elias” (João 1:19-21). Obviamente que João estava certo, porque a  promessa não era do nascimento de uma criança, que assumiria apenas o modus  operandi do Profeta, mas da vinda do Profeta Elias, ele próprio (Malaquias 4:5,  6 [traduções cristãs]; Malaquias 3:23, 24 [nas Bíblias hebraicas]); 
12)  Jesus, antes e depois de sua ressurreição, sabia de todas as coisas (João 16:30;  21:17); não, não é bem assim, pois ele não sabe de tudo não, nem antes e nem  depois da ressurreição (Mateus 24:36; Atos1:7); 
13)  Jesus disse que os judeus o conheciam e sabiam de onde ele era  (João 7:28); mas, de repente, deu um branco  em Jesus, e ele disse que os judeus não o conheciam e não sabiam de onde ele  viera (João 8:14, 19); 
 14) Jesus disse que não veio abolir a Lei e os  Profetas (Mateus 5:17 -19); mas, seu fiel discípulo Paulo, mesmo confessando que  cria em tudo que estivesse de acordo com a Lei e os Profetas (Atos 24:14),  ensinou que Jesus aboliu a Lei, na sua morte (Efésios 2:15);  
15)  Jesus foi crucificado no lugar chamado Gólgota, que seria uma  montanha árida (Mateus 27:33, 60; Lucas  23:33, 53); mas João discorda e diz que no local havia um horto (João 19:17,  41); 
 ALGUMAS DE MUITAS CONTRADIÇÕES...  
16)  Mateus (27:32),  Marcos (15:21) e Lucas (23:26) afirmam que Simão, de Cirene, levou a cruz      para Jesus, em boa parte do percurso; mas  João não viu nada disso, afirmando que Jesus, “ele mesmo”, levou a cruz até o  lugar da crucificação (João 19:17);  
17) A  profecia diz que o Messias reinará em Israel (Miquéias 5:2);  Jesus disse que seu reino não era deste mundo  (João 18:36); 
18)  Jesus, ao que parece, não pode ser confirmado, em sua genealogia, como filho de  um só ancestral, pois, enquanto Mateus (1:6, 7) diz que ele é descendente de  Salomão, Lucas (3:31-32) diz que é descendente de Natan, irmão de Salomão, ambos  os filho de David; 
19) Nos  dias de Jesus, o Povo de Israel estava dominados pelos romanos – o que  contradiz, caso ele fosso o Messias, o que predito em Jeremias 23:4, 5: “Nos  seus dias, Judá será salvo e Israel habitará seguro”. Assim, não poderia o país  estar ou permanecer sob jugo estrangeiro;  
20)  Maria não é apresentada, nos evangelhos, como descendentes de David, mas apenas  José, que é chamado, textualmente, de “filho de Davi” (Mateus 1:20; Lucas 1:27;  2:4, 5). Na verdade, Maria era parenta de Isabel, que foi chamada de uma “das  filhas de Arão” (Lucas 1:5,36), ou seja, Maria também era descendente de Levi, o  que mostra que David não era ancestral de Jesus, situação que anula, para o  Nazareno, qualquer perspectiva messiânica, caso fosse buscada pela via materna.  Como sabido, a dinastia davídica se concretiza apenas pela linhagem paterna (2  Samuel 7:11-29; Salmo 89:35-37; Jeremias 23:5 etc), e os evangelhos, por sua  vez, mostram que Jesus não era filho biológico de José (Lucas 3:23; Mateus  1:18-25). Não há como Jesus ser o Messias!  
21)  Jesus disse que os gentios seriam seus assassinos (Lucas 18:31-33); depois, diz  que seriam os próprios judeus que o matariam (Lucas 20:13, 14);
  
22)João  escreveu que os soldados romanos pregaram Jesus na cruz (João 19:23), mas Pedro  disse que foram os Judeus que pregaram Jesus na cruz e o mataram (Atos 2:23;  5:30); 
23)Paulo ensinou que a ressurreição de Jesus é a base da salvação  (1 Coríntios 15:12-19); mas, discordando, antes, Jesus ensinou que a  ressurreição não é base para a salvação, mas, sim, a obediência a Moisés e aos  Profetas de Israel (Lucas 16:27-31); 
       
24) A  Torah diz que o Profeta Prometido por D-us seria semelhante a Moisés (Devarim  18:15-19); mas Paulo (se ele for o escritor da Carta aos Hebreus) diz que Jesus  não é semelhante a Moisés, mas muito superior a ele, sendo deus (Hebreus 1:8-12;  3:1-6); 
25)  Quem explica: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), uma estranha declaração de  Jesus sobre ele e D-us estarem em pé de igualdade, com esta outra: “O Pai é  maior do que eu” (João  14:28)?
26) O  Eterno disse que nunca um Rei se levantaria com maior glória e sabedoria do que   Shlomoh (Salomão) (1 Reis 3:13; 2  Crônicas  1:12); mas, Jesus, que não  negou ser pretenso rei (João 18:33-37; Mateus 27:11), disse que ele era maior do  que Salomão (Mateus 12:42); 
      
27)  Jesus incentivou os discípulos a se armarem de espadas, pois fazer uma revolução  seria o objetivo de sua vinda ‘a Terra (Lucas 22:36; 23:2, 3); depois, vendo  inútil a ação armada de seus discípulos, em seu favor, proíbe o uso da espadas  (Mateus 26:51-56); 
28)  Jesus disse que, dos alimentos que ingerimos, nada vai ao coração, mas vai tudo  para os intestinos e dali para o esgoto (Marcos7:18, 19); discordando,  corretamente, Paulo pregava que, dos alimentos que ingerimos, algo vai para o  coração, em forma de sangue, evidentemente (Atos 14:17);  
29)  Isaías predisse que o Servo do Eterno não seria destruído até estabelecer a  Justiça na Terra (Isaías 42:4); Jesus, a quem os cristão aplicam essa profecia  (Mateus 12:18-20), morreu, como todos os seres humanos, pois era mortal (Marcos  15:37), e a Justiça não foi estabelecida na Terra, desde então, como esclareceu  Paulo (Romanos 3:9, 10); 
30)  Jesus disse que o ensino dos escribas e fariseus era correto e deveria ser  obedecido (Mateus 23:1-3). No entanto, ensinou que seus discípulos deveriam ser  mais justos que os escribas e fariseus (Mateus 5:20), e condenou a obediência  dos fariseus ‘as Mitzvot [mandamentos] da Torah (Lucas 18:9-14)  
 31) Jesus declarou-se “manso e humilde de  coração” (Mateus 11:29); mas chamou uma gentia de ‘cadela’ (Mateus 15:21-27) e  usou um chicote de cordas para expulsar pessoas do Templo (João 2:13-16); 32)  Jesus ensinou a não usar-se palavras insultosas aos irmãos (Mateus 5:22), o que  ele não fazia (Mateus 23:13, 15, 16, 17, 24, 27, 33; Lucas 11:43-46; João 8:44);  
33)  Jesus disse ao Satan que só D-us deveria ser adorado (Mateus 4:10) e ensinou que  o verdadeiro adorador adora apenas o Pai (João 4:23); mas consentiu em ser  adorado e não repreendeu seus adoradores (João 9:38; Mateus 8:2; 9:18), algo que  os anjos não aceitam (Apocalipse 19:10) e Jesus, mesmo sendo menor do que os  anjos, aceitou (Hebreus 2:9); 
     
34) A  ascensão de Jesus teria ocorrido na Galiléia, onde proferia suas últimas ordens  (Mateus 28:16-20; Marcos 16:7, 19); não, Lucas discorda, a ascensão ocorreu em  Betânia, perto de Jerusalém, onde morava o discípulo amado, Lázaro (Lucas  24:50-52; João 11:1,3, 36);
35)  Jesus aprendeu obediência pelo sofrimento, diz Paulo (Hebreus 5:8); Jesus  discorda, afirmando que a obediência deve ser motivada pelo amor(João 15:10);  
36)  Jesus orou pela unidade de seus seguidores (João 17:20-22); mas Paulo, mesmo  pedindo a unidade de pensamento e ensino (1 Coríntios 1:10), acreditava que há  benefício na existência de divisões na igreja, como historicamente o  cristianismo tem apresentado, com inúmeras seitas e ensinos contraditórios (I  Coríntios 11:19); 
37)Jesus disse que todas as coisas do Pai eram suas igualmente  (João 16:15; 17:10; Mateus 11:27); ele também disse que o ladrão vem para  roubar, matar e destruir (João 10:10). Mesmo assim, ele é apresentado como vindo  novamente ‘a Terra não como legítimo proprietário de tudo e de todos, mas como  um ladrão que vem roubar (Apocalipse 16:15; Mateus 24:43,  44);
38)O  Salmo 119:98 ensina que os judeus podem ser mais sábios do que seus professores,  pelo estudo da Torah; Jesus, porém, apesar de apresentar-se como “Senhor e  Mestre” (João 13:13), entende que seus seguidores são uma hoste de ignorantes,  porque as pessoas do mundo são mais sábias que seus discípulos, que devem,  concordemente, considerar-se inúteis (Lucas 16:8; 17:10);  
39)O  profeta Isaías diz que o Redentor virá aos que já se afastaram dos pecados  (Isaías 59:20); mas tanto Jesus como Paulo inventaram a ‘libertação do pecado’  (João 8:31-36; Romanos 7:22);  
 40) Segundo o pai de João Batista, o sacerdote  Zacarias, do relato do evangelho de Lucas, o Messias viria para “nos libertar  dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam”, no caso, os “inimigos”  seriam os romanos, que dominavam Israel (Lucas 1:71, 74); mas Jesus, como  pretenso messias, não enfrentou os romanos e pregou apenas a libertação dos  pecados (João 8:31-34); 
41)  Jesus, em tenra idade, segundo Mateus, foi levado de Belém ao Egito (Mateus 2:1,  13-15); mas Lucas discorda dessa versão, pois após o nascimento, ou seja,  quarenta dias, segundo o preceito da Torah (Levítico 12:2-4, 6-8), o menino  ainda estava em Jerusalém cumprindo os rituais, e depois os pais de Jesus e o  menino voltaram a Nazaré (Lucas 2:21-24, 39-41, 51);  
      
42)  Quantas mulheres foram ao sepulcro de Jesus, após sua alegada ressurreição? De  acordo com João (20:1), apenas Maria Madalena; segundo Mateus (28:1), Maria  Madalena estava acompanhada de uma outra Maria; já o evangelista Marcos (16:1,  2), vendo melhor, afirma que além das duas Marias, uma mulher chamada Salomé  estava presente também; por sua vez, escreveu Lucas (23:54, 55; 24:1, 10) que  muitas mulheres foram ao sepulcro, inclusive Maria Madalena, Joana, Maria, mãe  de Tiago e outras mulheres que estavam com elas; 
    
43)Onde  foi proferido o famoso “Sermão do Monte”? Mateus (5:1) assegura que foi num  monte mesmo; mas Lucas (6:17) diz que foi num lugar plano;
    
44) As  últimas palavras de Jesus foram “D-us meu, D-us meu, por que me abandonaste?”  (Mateus 27:46, 50), ou: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lucas  23:46); ou ainda: “Está consumado” (João 19:30)? 
  
45)  Qual destas profecias de Jesus é a verdadeira: Pedro o negaria três vezes antes  de o galo cantar UMA vez (Mateus 26:34, 74, 75; Lucas 22:60); ou antes de o galo  cantar DUAS vezes? (Marcos 14:30, 72); ou negaria três vezes, sem que o galo  tivesse cantado NENHUMA VEZ?! (João 13:38); 
46)  Jesus afirmou que nunca pregara nada oculto, que faltava claramente (João  18:20); todavia, recomendou aos discípulos que o que ele lhes dissesse “ às  escuras”, deveriam pregar em plena luz e o que ouvissem em segredo deveriam  proclamar dos eirados (Mateus  10:27);
47)  Logo após o batismo de Jesus, mediatamente o “espírito o impeliu a ir ao  deserto”, onde ficou quarenta dias (Marcos 1:9-13); não, não é bem assim, afirma  João, pois no dia seguinte Jesus ainda se encontrava no mesmo local onde  ocorrera o batismo (João 1:35, 36); 
      
48)  Cuidado ao fazer boas obras, ensinou Jesus – elas não podem ser vistas pelos  homens (Mateus 6:3, 4); ou melhor disse Jesus, devem ser vistas pelos homens,  como estímulo a louvarem a D-us (Mateus 5:16); 
49) A  quem as mulheres viram no sepulcro? Um ANJO (Mateus 28:2, 5); um JOVEM (Marcos  16:5); DOIS HOMENS (Lucas 24:4); DOIS ANJOS (João24:12); 
50)  Jesus é mentiroso? Ele diz que se desse testemunho sobre si mesmo, seu  testemunho não é verdadeiro (João 5:31); mas afirma, a seguir, que se ele desse  o testemunho sobre si mesmos, seu testemunho é verdadeiro (João 8:14);  
 51) Jesus foi pregado na cruz na terceira hora  (nove da manhã), conforme Marcos 15:25; ou foi pregado após a sexta hora  (meio-dia), de acordo com João 19:14, 15?  
 52) O Messias, quando vier, anunciará paz ‘as  nações e será reconhecido Rei por todas elas (Zacarias 9:10). Isso não aconteceu  com Jesus, que, no início de sua pregação, conforme Mateus 10:5, proibiu que as  nações ouvissem sua mensagem, pois viera pregar somente ‘a Casa de Israel  (Mateus 15:24). Posteriormente, teria mandado os discípulos pregarem ‘as nações  (Mateus 28:19, 20); 
 53) Jesus disse que quando ele fosse pregado  na cruz, ou levantado, atrairia todos os homens para si mesmo (João 8:28;  12:32), o que não aconteceu até os nossos dias, pois toda a Humanidade não o  aceitou como messias, mas apenas uma parte dela;  
 54) Jesus disse que quando o evangelho fosse  pregado em todas as nações chegaria o fim deste mundo (Mateus 24:14); Paulo, por  sua vez, disse que o evangelho, nos seus dias, fora pregado a toda criatura  debaixo do céu e nas nações (Colossenses 1:23; 1 Timóteo 3:16),  mas o fim não chegou naquele tempo. Jesus  havia assegurado que tudo se cumpriria numa geração (Mateus 24:34, 35), que de  acordo com a Torah dura cerca de cem anos (Gênesis 15:13, 16), mas nada  acontece! 
 55)Segundo vários textos, Jesus observava o  Sábado (Shabat) (Lucas 4:16, 31, 44); e também o apóstolo Paulo e seus  companheiros de viagem também o faziam (Atos 16:13-15; 17:1, 2), mas o mesmo  Paulo se postou contra a observância das santas Festividades Judaicas e do  próprio Shabat (Colossenses 2:16), ainda que se dizendo imitador do Nazareno (1  Coríntios 11:1); 
 56)Jesus contradisse a Torah na questão do  divórcio: “E aquele que casar com a repudiada comete adultério” (Mateus 5:32).  Na verdade, novo, após o segundo casamento, ou ficar viúva, não poderá casar-se  com o primeiro marido (Deuteronômio 24:2-4);  
 57) Jesus contradisse a Torah no tocante ao  ensino do Juramento, ao afirmar: “Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem  pelo Céu, por ser trono de D-us; nem pela Terra, por ser estrado de seus pés;  nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça,  porque não podes tornar um cabelo branco em preto. Seja, porém, a tua palavra  sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mateus 5:33-37). A  Torah, ao contrário, contém este mandamento: “Ao Eterno, teu D-us, temerás, a  Ele servirás, e, pelo Seu nome, jurarás” (Deuteronômio 6:13; ver 10:20). Jesus  considerou a obediência ao mandamento Divino uma ‘coisa maligna’, mas ele  próprio jurou, e para não mentir, não assumiu ser o messias de Israel, pois ele  não era (Mateus 26:63, 64). 
58)Jesus mandou um leproso oferecer o sacrifício prescrito por  D-us, em razão do restabelecimento da doença (Mateus 8:4; Levítico 14:2-7, 20);  depois, dando uma extensão ao ensino ético dos profetas de Israel, postou-se  contra os sacrifícios, dizendo que só a misericórdia bastaria aos pecadores, não  o sacrifício (Mateus 9:13; ver Salmo 51:16-19[51:18-21, texto hebraico]);  
 59) Quem era o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote),  naquele tempo, perante quem Jesus compareceu? Era Caifás? (Mateus 26:57); ou era  Anãs? (Atos 4:6; Lucas 3:2);  
 60) O julgamento de Jesus ocorreu perante o  Sanhedrin (Sinédrio), á noite, logo após sua prisão (Marcos 4:17, 43, 46, 53,  55, 72); não, o julgamento ocorreu de manhã, perante o Sanhedrin (Lucas  22:66-71). Na terceira hipótese, segundo João, não houve reunião do Sanhedrin,  mas apenas Anás interrogou Jesus e depois o enviou o Caifás (João 18:13,  19-24);    
  
61) A  Torah sustenta que o Criador repousou no sétimo dia da semana, o santo Shabat  (Gênesis 2:1-3; Êxodo 20:8-11), mas o Nazareno, dizendo-se Seu filho, disse que  imitava ao Pai, que trabalhava no Shabat! (João 5:8, 9). O ponto em questão,  aqui, a ser considerado, não é a obra beneficente que pode ser feita no santo  dia, mas o dar-lhe uma conotação de trabalho, com a natureza de obra profana,  durante o tempo dedicado ‘a adoração do Criador; 
   
62)  Jesus declarou que os humanos cansados, que o buscassem, achariam alívio para  suas almas, porque ele era manso e humilde de coração (Mateus 11:28, 29). No  entanto, muitos o abandonaram, não suportando sua pregação confusa, ao induzir  as pessoas a entender que ele lhes estava incentivando a violar a Torah, além de  fazê-las sentir-se inúteis (João 6:35-60; Lucas 16:8; 17:10)  
 b) Contradições e confusões nos escritos,  palavras e condutas de Paulo:
  
63) Em  2 Timóteo 3:16 está dito: “Toda Escritura é inspirada por Deus...” No entanto, o  apóstolo Paulo, que escreveu essas palavras, disse que também escreveu idéias  pessoais, sem inspiração Divina (1 Coríntios 7:6, 12, 25, 40; 2 Coríntios 8:10;  11:17); 
64)  Ninguém é justificado pela Lei, afirma Paulo (Gálatas 2:16; 3:11); mas, revendo  seu ponto e vista, ele afirma, pelo contrário, que as pessoas são justificadas  pela obediência à Lei (Romanos 2:13), talvez   pós ler Devarim [Deuteronômio] 6:25;  
65)  Paulo sempre se postava contrário ‘a salvação e ‘a justificação pelas obras  (Efésios 2:8, 9; Romanos 3:20; Gálatas 3:11); mas deixou escapar esta  declaração: “D-us recompensa a cada segundo as suas obras” (Romanos 2:6). Não  explicou, porém, como as obras não servem para a salvação, mas servem para o  recebimento da recompensa, que é corolário da salvação! Aprendam, Paulo e  seguidores, com Jeremias (17:13)!  
66)  Quem fala pelo espírito santo não amaldiçoa a Jesus, escreveu Paulo (1 Coríntios  12:3); mas o mesmo Paulo, dizendo que estava falando pelo espírito, diz que  Jesus é maldito (Gálatas  3:13);
 67) Segundo Paulo, a circuncisão é proveitosa  para todas as coisas (Romanos 3:1, 2) e a pregava        Gálatas 5:11); mas ainda segundo Paulo,  a circuncisão não serve para nada (1 Coríntios 7:19;  Gálatas 6:15) e, mesmo assim, circuncidou a  Timóteo, “por causa dos judeus” Atos (16:3);  
 68) Paulo disse que se procurasse agradar a  homens, não agradaria a “Cristo” (Gálatas 1:10); depois, Paulo disse que estava  agradando a todos os homens, para salvá-los (1 Coríntios 10:33);  
69)  Paulo disse que “todas as coisas são puras para os puros” (Tito 1:15); mas Paulo  esqueceu-se de dizer que há coisas impuras, que os puros não devem tocar, e  corrigiu isso (2 Coríntios 6:17);  
 70) Paulo disse que D-us não rejeitou Seu  Povo, os judeus (Romanos 11:1, 2); mas, aborrecido com os judeus, porque não  aceitaram suas apostasias, para crerem em outro deus (Devarim 13:6-11), escreveu  que sobre os judeus veio a ira definitivamente, ou seja, foram rejeitados (1  Tessalonicenses 3:16); 
 71) Paulo escreveu que a fé não acaba com a  obrigação de obedecer aos preceitos da Lei Divina (Romanos 3:31) e que ele mesmo  tinha prazer na Lei de D-us (Romanos 7:22), mas assegura que a Lei induz a  pessoa a pecar! (Romanos 7:5-10);  
 72) Paulo foi portador de uma carta dos  apóstolos, da qual constava que era proibido os gentios comerem comida  sacrificada a ídolos (Atos 15:22-29). Depois, desobedecendo a essa decisão,  Paulo diz que os gentios poderiam comer coisas sacrificadas aos ídolos, pois os  ídolos não valem nada. Nesse caso, apenas os gentios não deveriam indagar se a  comida tinha sido sacrificada a ídolo, embora toda carne em Corinto fosse  sacrificada aos deuses (1 Coríntios 8:4, 7-10; 10:25-30);  
 73) O espírito santo, segundo o cristianismo,  é uma pessoa Divina, que apareceu no batismo de Jesus em forma de ave, uma pomba  (Mateus 1:16; João 1:32); mas Paulo escreveu que a Divindade não pode ser  transformada em algo semelhante a aves(Romanos 1:23);  
 74) Paulo ensinava que as obras não salvam só  a fé (Éfesios 2:8, 9); no entanto, Tiago o contesta, dizendo que a fé sem obras  não salva e está morta (Tiago 2:14-26);  
 75) Paulo conhecia o Sumo Sacerdote, que lhe  dera cartas de recomendação (Atos 9:1-2); mais tarde, Paulo mente, ao dizer que  não conhecia o Sumo Sacerdote, pois, pela sua posição social e religiosa,  decerto o continuaria conhecendo, ainda que tivesse sido substituído (Atos  23:1-5); 
 76) Paulo escreveu que os mistérios de Deus  foram revelados ou esclarecidos para que os gentios pudessem ser salvos (Romanos  16:25, 26); mas Pedro entendia que Paulo realmente escreveu coisas de difícil  entendimento até para ele e que as pessoas poderiam ser levadas ‘a confusão  pelos escritos de Paulo e virem a ser condenadas (2 Pedro 3:15, 16);  
 77) Paulo escreveu que a morte reinou desde  Adão até Mosheh  (Romanos 5:14); depois,  porém, escreveu que a morte existirá, reinando, até ser destruída como último  inimigo da Humanidade, no fim dos tempos (1 Coríntios 15:26); na visão de Paulo,  quando de sua “conversão”, os homens que   estavam com ele “ouviram vozes” (Atos 9:7); mas, relatando o mesmo  episódio, mais tarde, Paulo se contradiz, afirmando que os homens não ouviram a  voz que lhe falara (Atos 22:9); 78)   A  Torah nos assegura que morreram vinte e quatro mil hebreus desobedientes no  pecado de prostituição (Números 25:9); mas, Paulo, contradizendo a Torah, diz  que foram vinte e três mil (1 Coríntios 10:8);  
 79)   Embora Judas, que era um dos “Doze” (Lucas 22:47), já tivesse morrido  antes da morte de Jesus (Mateus 27:3-5), Paulo diz que Jesus, ao ressuscitar,  apareceu a ele e demais apóstolos, os “Doze” (1 Coríntios 15:5)
  
 80) Segundo Paulo, “comida não nos recomenda a  Deus”, porque “nenhuma coisa é de si mesma impura” (1 Coríntios 8:8; Romanos  14;14). No entanto, esse não é o conceito do Criador, que, desde o Jardim do  Éden, fixou limites na alimentação humana e animal (Gênesis 1:29, 30). Ademais,  o homem tornou-se mortal, por opção, em razão da desobediência ‘a restrição  alimentícia, estabelecida pelo Pai do Céu (Gênesis 2:16, 17; 3:1-19). Por  último, segundo a Torah, a alimentação é fator decisivo para nossa santificação  (Levítico 11:1-47; 20:22-26). Portanto, ao desafiar a vontade Divina, com seu  liberalismo Paulo ensinava seus seguidores a transgredir a Lei de D-us;  
 81)   Embora Jesus tenha ensinado que o Satan é o ‘pai da mentira’(João 8:44) e  mesmo tendo Paulo aconselhado o crente a “deixar a mentira e falar a verdade”  (Éfesios 4:25), Paulo excedeu-se, nesse contexto, ao afirmar que se alegrava que  “Cristo” estava sendo pregado, mesmo que, para isso, fossem usadas,  indiscriminadamente, tanto a mentira quanto a verdade! (Filipenses 1:18);  
82) Uma  das mais contraditórias miscelâneas teológicas de Paulo diz  respeito a quem se destinam as promessas  Divinas feitas a Abrahão. Paulo afirma que “as promessas foram feitas a Abrahão  e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos,  porém de um só: E ao teu descendente, que é Cristo” (Gálatas 3:16). Assim, nem  Isaque recebeu a promessa. Depois Paulo se contradiz e declara que os gentios  gálatas são “descendentes” de Abrahão e, assim, herdeiros da promessa, porque,  como Isaque, seriam filhos da promessa! (Gálatas 3:29). Posteriormente, disse  que ele mesmo era da descendência de Abraão, juntamente com os demais hebreus!  (2 Coríntios 11:22). A Torah, ao contrário, não fala de um descendente apenas,  mas da descendência de Avraham, por todas as suas gerações, como incluídos na  Aliança! (Gênesis 17:7-11; 26:3, 4; 28:13, 14). Na verdade, não é um  descendente, porque a descendência de Avraham seria como as estrelas do céu e os  grãos de areia! (Gênesis 13:15-17; 15:5; 22:17);  
83) A  prematura ressurreição de Jesus, conforme Paulo, ocorreu no  terceiro dia de sua morte, “segundo as  Escrituras” (1 Coríntios 15:4). Paulo usou essa mesma expressão grega Kata tas  graphas para justificar outros delírios teológicos. Pena que Paulo não tenha  informado o Livro, o capítulo e o versículo onde as escrituras Judaicas  predisseram a ocorrência do evento, ao terceiro dia, uma vez que a ressurreição  de Jesus colide com o tempo fixado por Deus, para a ressurreição dos justos,  pois, segundo as Escrituras, esse acontecimento terá lugar “no fim dos dias”,  quando do ajuste da contas (Daniel 12:1, 2, 13; Isaías 26:19-21). Era assim que  os primeiros discípulos de Jesus criam (João 11:23, 24). Paulo, como fizeram os  que “viram” o Nazareno, depois da ressurreição, mesmo sem conhecer  que era ele (João 20:14, 15; 21:4, 12; Lucas  24:15, 16), inventaram a ressurreição de Jesus, embora deixando o levantamento  dos demais mortos para o fim dos tempos (1 Coríntios 15:22-26);  
84)  Jesus disse que o Pai do Céu preocupa-se com as aves e as alimenta (Mateus  6:26), ensino que concorda com as Escrituras Judaicas (Jó 38:41; Salmo 147:9).  No entanto, Paulo escreveu diferentemente e deturpou o mandamento Divino  (Deuteronômio 25:4), ao declarar que o Criador não Se importa nem com os touros  (1 Coríntios 9:9, 10); O caráter do D-us de Israel, no tocante a mostrar-se  misericórdia e respeito para com outros seres vivos – animais e vegetais – é  muito diferente do pensamento de Paulo (Deuteronômio 20:19, 20; 22:6, 7;  Levítico 22:28; Provérbios 6:6-11; 12:10);  
 85)   Paulo afirmou, categoricamente, que era “israelita, da tribo de Benjamin”  (Romanos 11:1); que era “hebreu” (2 Coríntios 11:22; Filipenses 3:5); e que  “judeu” (Atos 22:3). No entanto, saiu com esta declaração: “Fiz-me judeu para os  judeus, para ganhar os judeus” (1 Coríntios 9:20). Ora, ninguém, que já é judeu,  ‘faz-se judeu’. Ou é judeu, ou não é. Paulo é muito contraditório, ou fazia  coisas que não acreditava, com os votos, inclusive enganando os demais  apóstolos, que creram em sua sinceridade (Atos 18:18; 21:18-24).  
 c)      Outras contradições, confusões e falsas profecias encontradas no “Novo  Testamento”: 
 86) Quantas pessoas, descendentes de Yaakov  (Jacó) foram ao Egito? A Torah informa que foram setenta almas (Gênesis 46:27;  Êxodo 1:5; Deuteronômio 10:22); o “Novo Testamento”, em Atos 7:14, declara que  foram setenta e cinco almas, inventando mais cinco pessoas desconhecidas;  
 87) O discípulo Estevão, cuja aparência “era  como o rosto de um amigo” (Atos 6:15), além de inventar as cinco pessoas no  número dos hebreus (Atos 7:14; Deuteronômio 10:22), Israel e da nossa História –  e inventou que Abrahão havia comprado o túmulo, para sepultar Sarah, em Siquém,  no Norte de Israel, e que os vendedores foram os filhos de Emor (Atos 7:15, 16),  mas, na verdade, o túmulo está localizado em Chevron (Hébron), no Sul, e o  vendedor foi Efrom, filho de Hete (Gênesis 23:7-20; 50:13);  
 88) D-us não mente (Números 23:19). Mesmo  concordando com isso (Tito 1:2), a Bíblia cristã (ou “Novo Testamento”) chega ao  ponto de dizer que Deus pessoalmente faz alguém acreditar na mentira, para ser  destruído (2 Tessalonicenses 2:11, 12). Nós, judeus, no entanto, aprendemos que  o Eterno não tem prazer sequer na morte do ímpio, não induz o pecador ao erro  (Ezequiel 18:23; Salmo 25:8 [9, no texto hebraico]);  
 89) A ordem de batizar era “em nome do Pai, do  Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28:19, 20); ordem que os discípulos não  cumpriram ou não entenderam, pois batizavam apenas em nome de Jesus (Atos 2:38,  8:16, 10:48; 19:5); 
 90)  A  Lei, ou seja, a Torah, era um jugo insuportável (Atos 15:5, 10);  no entanto, há uma retificação – os  mandamentos de Deus não são pesados – 1 João 5:3 (ver Deuteronômio 30:11);  
 91) A Nova Aliança, prometida aos judeus – à  casa de Israel e à  Casa de Judá  (Jeremias 31:31) – não admite que alguém ensine a seus irmãos e companheiros  (Jeremias 31:34); a Nova Aliança dos cristãos, constante do “Novo Testamento”,  manda: “Ide e ensinai...” (Mateus 28:20);  
 92)  O  escritor Marcos disse que o Profeta Isaías predisse a vinda do Mensageiro diante  do Senhor (Marcos 1:2); que pena, o Marcos errou, pois quem disse isso foi outro  Profeta, o Malaquias  3:1);  
 93)  O  evangelista Mateus (27:9) disse que o Profeta Jeremias profetizou sobre as 30  moedas de prata; realmente uma pena, pois quem predisse isso foi o profeta  Zacarias (11:12); 
            
94)  Mateus diz que os principais sacerdotes compraram um campo  com as 30 moedas devolvidas por Judas (Mateus  27:5-8); Pedro discorda do relato de Mateus e diz que foi Judas quem comprara o  mesmo campo (Atos 1:16-18); 
 95) O evangelho de Mateus declara que Judas  morreu enforcado  (Mateus 27:5); mas  Pedro afirma que o traidor jogou-se de cabeça para baixo e se arrebentou,  derramando seus intestinos (Atos 1:18);  
 96) Quantas vezes uma pessoa morre? De acordo  com Hebreus 9:27, está ordenado aos homens morrerem uma só vez; mas, segundo se  lê em Apocalipse 20:6; 21:8, ainda existirá uma Segunda morte;  
 97) Um dos segmentos cristãos que mais crescem  é o pentecostal, que tem escopo no “Dom de línguas”, ou seja, balbuciam sons  ininteligíveis, que “só D-us entende” (1 Coríntios 14:2). A origem da crença  seria a Festividade de Pentecoste (Chag Shavuot) registrada em Atos 2:1-21. Na  ocasião, os discípulos presentes, que teriam recebido o espírito santo, falaram,  diferentemente do que Paulo escrever aos coríntios, línguas humanas (Atos  2:6-11). Mas, a confusão aumenta quando Pedro faz uma pregação para esclarecer  que o fenômeno de cada pessoa ouvir os discípulos falarem em suas respectivas  línguas fora predito pelo Profeta Joel (Atos 2:14-21). Pedro, porém, mentiu,  porque o profeta Joel nada disse sobre alguém falar em línguas, sejam conhecidas  ou desconhecidas (Joel 3:1, 2, texto hebraico; 2:28-32, texto cristão). A mais  grave falsificação da profecia de Joel ocorreu quando Pedro corta (conforme Atos  2:21) a parte principal de Joel 2:32 (texto cristão), que declara que “no Monte  Tzyion, em Yierushalayim, estarão os que forem salvos, como o Eterno prometera,  e entre os sobreviventes, aqueles que o Eterno chamar”. Atualmente, cristãos  estudiosos de textos neotestamentários já expuseram a fraude de Marcos 16:17,  que diz que falar em línguas é um dos sinais da fé em Jesus – e estão retirando  o texto de Marcos 16:9-20 das Bíblias cristãs, denunciando-o como falsidade!  Esse texto induziu os seguidores da seita cristã O Templo do Povo, liderada por  Jim Jones, em Jonestown, na Guiana, em novembro de 1978, a cometer suicídio,  bebendo suco de fruta com cianureto – pois Marcos 16:18 afirma que os cristãos  não morrem se beberem veneno!  
 98) O “Novo Testamento” colide, frontalmente,  com a Torah, na questão do nascimento virginal de Jesus, pois o primeiro  mandamento da Torah é a procriação (Gênesis 1:28), sendo estranha a construção  do engravidamento de Maria sem o concurso da relação sexual (Mateus 1:18-25), ao  passo que o mesmo “Novo Testamento” declara que é “doutrina de demônios” e  proibir-se o casamento (1 Timóteo 4:1-3);  
 99) O Tana”ch ensina que o planeta Terra tem  forma arredondada  (Isaías 40:22; Jó  26:10). O “Novo Testamento”, por sua vez, mostra o planeta possuindo forma  plana, como se de um “monte muito alto” fosso possível ver-se todos os países e  sua glória (Mateus 4:8). 
 5.10       Diante dessa coletânea de contradições e falsas profecias  proferidas pelo próprio Jesus, lembremo-nos  das palavras de Paulo: “Um pouco de fermento leveda a massa toda” (Gálatas 5:9).  Com tanto fermento de contradições e de colisões com a Torah, como estará a  “massa” do “Novo Testamento”? É preciso evitar esse “pão” contaminado de  mentiras, falsidades, deturpações e anti-semitismo!    5    .11      O estudo deste modesto  trabalho expõe, claramente, a razão pela qual nós, judeus, não aderimos à fé  cristã – sua base de sustentação, o “Novo Testamento”, não nos convence de sua  veracidade. Continuamos com a nossa Torah, w que queremos ser respeitados em  nossas tradições e na expectativa da vinda do nosso Mashiah, porque Jesus  Nazareno não satisfez os anelos proféticos de nosso Povo – de Paz e Justiça!  Lembremo-nos, irmãos judeus, do conselho: “Porventura não te escrevi excelentes  matérias sobre conselhos e conhecimento? Terás, assim, a certeza das Palavras da  Verdade, a fim de poderes responder claramente aos que te procurarem”  (Provérbios 22:20, 21). Temos a Torah, escrita e oral, para nos guiar nas  “Netivot Hashem”, de modo que podemos dizer, ao Eterno, que iremos seguir o  Caminho Antigo, da nossa Torah! (Yirmeyahu [Jeremias] 6:16). Nada pode nos deter  nessa sagrada decisão, porque possui o poder de nos dar um objetivo sublime na  vida agarra, abrindo-nos os portais do tempo, onde poderemos divisar, com  segurança, o usurfruto da Redenção, com nossos antepassados, na Eternidade!  Amen. 
BREVE  INFORMAÇÕES SOBRE ESTE TRABALHO E SEU AUTOR:  
Direitos autorais  reservados. Este estudo pode ser divulgado, citando-se o nome do autor. Sua  finalidade é defender nossa Fé Milenar e ajudar judeus que foram levados a crer  em Jesus como o “Messias de Israel”, a retornarem ‘a Torah.  O segundo estudo da série, As Profecias  declaram: Jesus não é o Messias de Israel, em elaboração, tratará das profecias  de Isaías, Daniel e outros textos sagrados do Tana”ch, e sobre a impossibilidade  de se aplicarem a Jesus Nazareno.  O  professor Evilasio Araújo, de origem sefaradi, preside a Sinagoga Beit Israel,  instituição com a finalidade de ajudar os B’ney Anussim [“marranos” e “cristãos  novos”], que foram forçados a converte-se ao cristianismo, a retornarem ‘a fé  ancestral, reintegrando-se ao Povo de Israel. Também se dispõe a fazer palestras  sobre a inviabilidade da existência de “judeus messiânicos”, ou “judeu  cristãos”. Pode ajudar, gratuitamente, na desprogramação das lavagens cerebrais  que os cristãos costumam aplicar, por seus missionários, aos judeus, dos quais  muito já foram vítimas e estão iludidos nas igrejas através das promessas de  curas e prosperidade. O professor Evilasio Araújo é Advogado, Professos  Universitário, Poeta, Escritor; durante dez anos trabalhou como Adjunto na  Presidência da República, tendo representado o Brasil em Encontros Estratégicos  nos Estados Unidos e Alemanha; viajou com o Presidente da República em viagens  internacionais; possui quatro cursos de pós-graduação na área de Direito e  Relações Internacionais; colabora com vários periódicos na área de Direito; é  fundador e Diretor da revista judaica “Alyah LaTorah”; é estudioso do “Novo  Testamento” e de todas as religiões e seitas, com a finalidade de conhecê-las e  poder defender a Emunat Israel. Viaja, constantemente, a Israel, onde seu filho,  Yossef Shlomoh, cursa Yeshivah, para formar-se Rabino, e vive sua filha Sarah e  dois netos, Yehoshua e Yochanan. Possui cinco filhos: Sarah, Yedid,  Dinah, Yossef e Yonathan, cuja esposa é a  Karen. É casado com a Miriam, esposa que é seu verdadeiro estímulo na Obra do  Eterno. O professos não recebe salários pelo seu trabalho religioso, vive de  suas atividades advocatícias.  Pelo  trabalho que vem realizando, o Professor Evilasio Araujo é bastante atacado, por  líderes cristãos e até por alguns judeus desinformados, ou por ex-associados da  Sinagoga, que não se reintegraram ao Judaísmo, e Por  motivos óbvios, para divulgar esta mensagem as circunstâncias exigem muita  coragem, por parte de seu autor e correligionários da Sinagoga Beit Israel, pois  várias são as reações dos teólogos de plantão – desde ameaças e tentativas de  suborno, injúrias e difamações, até ataques ao Tana”ch (Bíblia Judaica), para  “provar”que também conteria “erros”. Vários Rabinos e judeus apóiam o Professor  em seus corajosos esforços em favor do  Judaísmo.
AGRADECIMENTO   – B”  H 
AGRADEÇO AO ETERNO, O D-US  DE MEUS ANTEPASSADOS, PELA OPORTUNIDADE CONCEDIDA DE ELABORAR ESTE MODESTO  ESTUDO SOBRE O FALSO MESSIAS, JESUS OU YESHUA, PARA SERVIR DE ALERTA AOS MEUS  IRMÃOS JUDEUS, PARA QUE NUNCA ABANDONEM A NOSSA SANTA TORAH, PARECER EM VÃS  FILOSOFIAS HUMANAS.   
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Judaísmo Messiânico não existe!
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